sábado, 26 de dezembro de 2015

NATAL - CULTO EM FAMÍLIA

(Sugestão para um culto em família na noite de Natal, antes da Ceia. 
Com colaboração de Cláudia Renata Lisboa Rosa e Éder Rosa, amigos queridos)

CULTO DE NATAL

·         Motivo do Culto
·         Oração

CÂNTICO: VIM PARA ADORAR-TE (Tim Hughes)
Luz do mundo vieste à terra pra que eu pudesse te ver;
Tua beleza me leva a adorar-te quero contigo viver.
Vim para adorar-te, vim para prostrar-me, vim para dizer que és meu Deus
És totalmente amável, totalmente digno, tão maravilhoso para mim.
Eterno rei, exaltado nas alturas glorioso nos céus
Humilde vieste à terra que criaste e por amor pobre se fez
Vim para adorar-te...
Eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz (6x).

DIRIGENTE 1: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel” (Mateus 2:6).
DIRIGENTE 2 “O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz”(Isaías 9:2).
TODOS: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será:” (Isaías 9:6).
MULHERES:  Maravilhoso Conselheiro,
HOMENS: Deus Forte,
JOVENS: Pai da Eternidade,
TODOS:  Príncipe da Paz.
CASAIS: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco”(Mateus 1:23).

HINO 28 CC – ALERTA, Ó TERRA ENTOA
Alerta, ó terra, entoa! O canto que ressoa;
O mundo pecador tem grande sorte e boa.
A nova se vos dá, e quão alegre soa: Nasceu o Redentor!
Nasceu o Redentor! Nasceu o Redentor! O eterno Pai do céu seu Filho ao mundo deu.
Alerta, ó terra, entoa a nova alegre e boa: Nasceu o Redentor
!
Ó povos, exultai, nações, ó jubilai, Eis finda toda dor jamais se dá um ai;
A virgem deu a luz, a Deus glorificai: Nasceu o Redentor!

DIRIGENTE 1: “Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria” (Lucas 2:1-2).
DIRIGENTE 2: “E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi” (Lucas 2:3-4).
TODOS: “e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2:7).

HINO No. 31 CC– LUGAR PARA CRISTO
Tu deixaste Jesus, o teu reino de luz, e baixaste a este mundo tão vil;
Um presépio em Belém, Tu, Jesus, sumo Bem, escolheste por berço infantil.
Vem, Jesus, habitar comigo, em minha alma há lugar; ó vem já!
Vem Jesus habitar comigo, em minha alma há lugar; ó vem já!
Outra vez Tu virás, e por mim chamarás, rodeado dos anjos de Deus;
Oh! que gozo pra mim, se disseres assim: "Um lugar te darei Eu nos céus".

MULHERES: “Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor” (Lucas 2:8-9).
HOMENS: “O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:10-11).
JOVENS E CRIANÇAS: “E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura” (Lucas 2:12).
TODOS: “Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade” (Lucas 2:13-14).

Devocional: Valter Reggiani

HINO 104 HCC- SURGEM ANJOS PROCLAMANDO
Surgem anjos proclamando, Paz na Terra, e a Deus, louvor.
Vão seus hinos ecoando, nas montanhas, ao redor.
CORO: Glória, glória a Deus nas alturas! Glória, glória a Deus nas alturas!
Vão-se alegres os pastores,  ver o Infante celestial,
E acrescentam seus louvores ao louvor angelical.
Glória, glória...
Povos, tribos, celebrai-o ! "Glória a Deus", também dizei.
De joelhos adorai-o; ele é o Cristo, o grande Rei!

MOTIVOS DE LOUVOR E PEDIDOS
PERÍODO DE ORAÇÃO

TODOS: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Cântico: O NOME DE JESUS (Adhemar de Campos)
O Nome de Jesus é poderoso, o nome de Jesus é sobre todos,
Nome mais doce, nome mais lindo, nome sublime é o nome de Jesus!

O Nome de Jesus levanta os mortos, o nome de Jesus sara os feridos,
Nome mais santo, nome mais puro, nome bendito é o nome de Jesus.

Momentos de abraços e felicitações

sábado, 5 de dezembro de 2015

OS SETE SINAIS DA MATURIDADE EMOCIONAL

Do Blog A Mente Maravilhosa (http://amenteemaravilhosa.com/os-sete-sinais-da-maturidade-emocional/)





Os sete sinais da maturidade emocional
“Maturidade emocional é perceber que não tenho necessidade de culpar ou julgar ninguém pelo que acontece comigo”
Anthony de Mello

Normalmente, a maturidade é associada à idade e aos anos de experiência de vida cronológica. No entanto, quando se trata de maturidade emocional, a idade pode ter pouco a ver com isso. Muitas vezes a maturidade física chega antes da maturidade emocional.


Amadurecer significa entender que não existe amor maior do que o amor próprio, aprender e aceitar o que a vida nos apresenta e seguir adiante.

A maturidade emocional não surge do nada; exige trabalho, esforço, boa vontade e o desejo de olhar para dentro e se conhecer melhor, com a cabeça e o coração em perfeita sintonia. Amadurecer significa encarar a realidade como ela é, muitas vezes bem mais dolorosa do que gostaríamos.

Aqui estão sete características das pessoas emocionalmente maduras.

1- Saber dizer adeus é maturidade emocional

A maioria de nós sente muito medo, principalmente quando se trata de soltar as amarras e deixar a vida fluir.

Pensar que o passado foi melhor é muito doloroso; nos impede de soltar e deixar ir.

As pessoas emocionalmente maduras sabem que a vida fica muito melhor quando é vivida em liberdade. Então, deixam ir o que não lhes pertence, porque entendem que ficar preso ao passado nos impede de fechar ciclos e curar nossas feridas emocionais.




2- Conseguem olhar para o seu passado emocional sem dor

Limpar a dor do nosso passado é absolutamente necessário para avançarmos em nosso caminho emocional. As ervas daninhas crescem rapidamente; se não limparmos nosso caminho, não veremos o que está próximo.

As pessoas emocionalmente maduras sabem da importância de viver no presente, superando e aceitando o que passou. O que aconteceu, já aconteceu; não podemos mudar. Aprenda com os erros e siga em frente.

Se perdermos o contato com o nosso interior, não nos afastamos dele, mas permitimos que o negativo do nosso passado interfira na nossa vida presente. Isso é muito doloroso.

“É por esse motivo que, quando tivermos aprendido o suficiente sobre a nossa dor, perderemos o medo de olhar para dentro e curaremos nosso passado emocional para avançar mais um passo na vida”.

3- Têm consciência do que pensam e sabem

A maturidade emocional nos ajuda a entender melhor nossos próprios sentimentos e os dos demais. As pessoas emocionalmente maduras se esforçam para escrever e pensar sobre as suas opiniões ou sobre como se sentem.

“Amadurecer é ter cuidado com o que diz, respeitar o que ouve e meditar sobre o que pensa”.

A clareza mental das pessoas maduras contrasta com a preguiça e o caos mental das pessoas imaturas. Portanto, a maturidade emocional ajuda a resolver problemas cotidianos de forma eficaz.




4- Não reclamam de nada

Parar de reclamar é a melhor maneira de promover mudanças.

As queixas podem nos aprisionar em labirintos sem saída. As pessoas emocionalmente maduras já aprenderam que somos o que pensamos. Se você agir mais e reclamar menos, significa que está crescendo emocionalmente.

Quer viver infeliz? Reclame de tudo e de todos.

5- Conseguem ser empáticas, sem se deixar influenciar pelas emoções alheias

As pessoas emocionalmente maduras têm respeito por si mesmas e pelos outros. Têm habilidade para se relacionar da melhor forma possível com os demais; sabem ouvir, falar e trocar informações. Aprenderam a olhar de forma generosa para o outro; todos nós temos valores diferentes, mas queremos ser aceitos e felizes.




6- Não se castigam pelos seus erros

Aprendemos com os nossos erros; falhar nos permite enxergar os caminhos que não devemos seguir.

As pessoas maduras não se punem por possuírem limitações, simplesmente as aceitam e tentam melhorar. Sabem que nem sempre tudo acontece como queremos, mas cada erro é uma boa oportunidade para o crescimento pessoal.

7- Aprenderam a se abrir emocionalmente

As couraças emocionais  pertencem ao passado. É muito importante ter comprometimento, amor, autoconfiança e acreditar nas pessoas. Não seja perfeccionista e nem espere a perfeição dos outros. Esqueça as desavenças e perdoe, inclusive a você mesmo.

“Desfrute do tempo compartilhado da mesma forma que desfruta do tempo sozinho”.

Maturidade emocional é assumir o controle da sua vida, ter sua própria visão de mundo e ambição para a sucesso. Ao desenvolver a maturidade emocional a vida torna-se um prazer, e não uma obrigação.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

NATAL - À ESPERA DO PERDÃO




Zenilda Reggiani Cintra

“Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era já avançada em idade, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade; e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, mas adorava a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegando ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (Lucas 2.36-38).

Ana, cujo nome significa graça, favor, era da tribo de Aser, que significa felicidade.  Entre os personagens do Natal, dificilmente ouvimos falar nela, que era profetisa. Depois que seu marido morreu, ela tinha se dedicado ao jejum e oração no templo,  servindo a Deus noite e dia. Ela estava olhando para frente, à espera daquele que traria o perdão para ela e para o seu povo e quando viu o menino falou a respeito dele para os que esperavam a redenção.

A palavra redenção, redimir, significa “comprar os direitos”. O termo era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. Jesus pagou o preço da nossa libertação do pecado (Mateus 20:28; 1 Timóteo 2:6). 

Sua morte foi uma troca por nossa vida. Deus, por meio de Jesus,  comprou nossa liberdade e não somos mais escravos do pecado ou da lei do Velho Testamento.

Os privilégios de redenção incluem vida eterna (Apocalipse 5.9-10), perdão dos pecados (Efésios 1.7), justiça (Romanos 5.17), liberdade da maldição do pecado (Gálatas 3.13), adoção à família de Deus (Gálatas 4.5), libertação do domínio do pecado (Tito 2.14; 1 Pedro 1.14-18), paz com Deus (Colossenses 1.18-20) e a habitação do Espírito Santo na vida do Cristão (1 Coríntios 6.19-20). Ser redimido, então, é ser perdoado, santo, justificado, abençoado, livre, adotado e reconciliado.

O que você está esperando para este Natal?  

Você é atormentado pela culpa por causa de algo que fez ou a forma como tem vivido? Você se sente como se estivesse preso em um padrão de pecado do qual não pode sair? É impressionante a carga de culpa, falsa ou real, que carregamos imposta por nós mesmos, pelos nossos pecados, pelos religiosos ou por satanás, o acusador.


Que pelo Espírito Santo, por sua graça e favor, possamos receber o perdão e desfrutarmos da felicidade de sermos livres da condenação porque o Messias, o Redentor, já nasceu.

NATAL - À ESPERA DE CONSOLO

“Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este
homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele” (Lucas 2.25).

Zenilda Reggiani Cintra
Quando pequena meus pais foram comprar nossos presentes de Natal, meu e de meus quatro irmãos. Ele mandou a gente dormir porque à noite haveria o culto na igreja e foi com minha mãe comprar bonecas e carrinhos. Nossa expectativa era tão grande que pulamos a janela e toda a hora íamos ao portão para ver se eles estavam chegando. Acontece que ele nos viu de longe e então todo mundo foi para o castigo. Mas isso não diminuiu nossas expectativas e no outro dia ganhamos nossos presentes. Que espera difícil e dolorosa!

O que você está esperando para este Natal? Tem saudade de alguma coisa? O que você está esperando receber? Você não espera nada de especial neste Natal?

Em Lucas 2, nos deparamos com Simeão,  um homem justo e piedoso. Ele vivia em meio a um povo para o qual Deus havia se calado, que estava sob o domínio romano e esperava com muita ansiedade a chegada do Salvador prometido. Simeão tinha uma boa razão para a sua esperança: "É que tinha sido revelado a ele pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor” (v.26).  A expectativa de Simeão estava focada no consolo que a vida e ministério de Cristo trariam. Entre os judeus dos dias de Simeão, um dos títulos mais populares do Messias era Consolador.

O desejo de ser consolado é uma necessidade humana universal. Todos nós lutamos com a solidão, o vazio, a insegurança e muitas vezes o desespero. Alguns não suportam as lembranças de dias que se foram, a saudade de pessoas queridas, as frustrações familiares e a falta de esperança.  

O Natal é uma época do ano com maiores índices de depressão e suicídio.  Você se sente sozinho, vazio e com medo?  Você precisa de conforto? Você precisa de um novo sentido da presença de Deus?

Jesus é Emanuel, "Deus Conosco", para fazer tudo certo, para proporcionar significado por sua presença, para eliminar a rejeição, o medo e a solidão. Lucas 2.28  diz que Simeão se abaixou e pegou Jesus dos braços de Maria e começou a louvar a Deus. Será que podemos nos identificar com  Simeão e nos apropriarmos do consolo do Natal por meio de Jesus?


NÓS NÃO CHORAMOS MAIS (PARTE DOIS)



Adicionar legenda
Zenilda Reggiani Cintra
Há pouco tempo escrevi um texto com o mesmo título, com ênfase de que precisamos nos sensibilizar diante do que acontece com o ser humano, alvo de tanta violência e destruição provocadas pelo maligno. 

Sensibilizarmo-nos, cristãmente falando, é levar nossas emoções diante do Senhor, suplicando sua interferência na história.
Mas é possível também olhar por outro viés, aquele de que precisamos de espaço para chorar, derramar nossas lágrimas e sermos acolhidos simplesmente, não por causa do sofrimento do outro, mas em motivo das nossas próprias dores.

Minha amiga perdeu a sua mãe, depois de uma história cheia de feridas, mas ainda com tempo para restauração e coração livre para perdoar. Em nosso abraço de solidariedade disse que queria me encontrar para simplesmente chorar. E chorou.

Na cerimônia fúnebre antes do sepultamento do meu pai, há alguns anos, a família estava perfilada para os cumprimentos e as minhas lágrimas teimavam em cair. Foi quando alguém passou e me disse: cuidado com o choro; olha o testemunho, hein!

Dia desses, depois de algumas perdas significativas de relacionamentos, eu queria chorar. Acredito que sei o suficiente dos princípios bíblicos de perdão, cuidado e soberania de Deus e outros, mas queria apenas chorar. Impelida a racionalizar, não chorei.

Jesus estava olhando para a cidade de Jerusalém e antevendo o sofrimento do seu povo, chorou. Também diante da morte do seu amigo Lázaro, chorou.


Quero apenas, algumas vezes, simplesmente chorar. E também acolher aqueles que choram.

BUSCA

“Volve-te, pois, para a oração de teu servo, e para a sua súplica, ó SENHOR meu
Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo hoje faz diante de ti” (I Reis 8:28).

A palavra “clamor” neste verso pode ser traduzida por implorar. Entre alguns significados de implorar está 1) pedir com lágrimas ou em tom de súplica chorosa;    2) pedir humildemente a ajuda de; 3) solicitar com insistência.
O desejo intenso de que Deus abençoasse aquela nova etapa da vida do povo, com a construção do templo, fazia com que Salomão se dirigisse ao Senhor todo poderoso com lágrimas, em humildade e insistentemente, traduzindo os sentimentos do seu coração que anelava profundamente pela resposta de Deus.
Na Bíblia,  temos vários exemplos de pessoas que clamaram, entre eles o de Ana, I Sm 1.11-17; e o cego de Jericó, em Mc 10.47-52. Nenhum dos dois se deixou intimidar pelas forças das circunstâncias. Ana, mesmo sendo mal interpretada por Eli, não se ofendeu, mas se entregou totalmente ao seu pedido crendo que seria ouvida. O cego não se deixou intimidar pela multidão, pelo contrário, ele clamava cada vez mais alto, tendo fé que seria ouvido. O resultado é que ambos foram ouvidos. Ana teve o filho desejado e o cego Bartimeu a cura para os seus olhos.
Quanto é que você deseja realmente ser abençoado? A sua oração é rotineira e displicente ou você realmente busca com intensidade de alma, com clamor, o que você deseja de Deus?


Publicado em O Jornal Batista, 15nov2015

Mães e Filhas: O Vínculo que Cura, o Vínculo que Fere

Cada filha leva consigo a sua mãe. É um vínculo eterno do qual nunca poderemos nos desligar. Porque, se algo deve ficar claro, é que sempre teremos algo de nossa mãe.
Para termos saúde e sermos felizes, cada uma de nós deve conhecer de que maneira nossa mãe influenciou nossa história e como continua influenciando. Ela é a que, antes de nascermos, ofereceu nossa primeira experiência de carinho e de sustento. E é através dela que compreendemos o que é ser mulher e como podemos cuidar ou descuidar do nosso corpo.
Nossas células se dividiram e se desenvolveram ao ritmo das batidas do coração; nossa pele, nosso cabelo, coração, pulmões e ossos foram alimentados pelo sangue, sangue que estava cheio de substâncias neuroquímicas formadas como resposta a seus pensamentos, crenças e emoções. Quando sentia medo, ansiedade, nervosismo, ou se sentia muito aborrecida pela gravidez, nosso corpo se inteirou disso; quando se sentia segura, feliz e satisfeita, também notamos.
– Christiane Northrup –
Mães e filhas

O legado que herdamos de nossas mães

“A maior herança de uma mãe para uma filha é ter se curado como mulher”
– Christiane Northrup –
Qualquer mulher, seja ou não seja mãe, leva consigo as consequências da relação que teve com sua progenitora. Se ela transmitiu mensagens positivas sobre seu corpo feminino e sobre a maneira como devemos trabalhá-lo e cuidá-lo, seus ensinamentos sempre irão fazer parte de um guia para a saúde física e emocional.
No entanto, a influência de uma mãe também pode ser problemática quando o papel exercido for tóxico, devido a uma atitude negligenciada, ciumenta, chantagista ou controladora.
Quando conseguimos compreender os efeitos que a criação teve sobre nós, começamos a compreender a nós mesmas, a nos curarmos, e a sermos capazes de assimilar o que pensamos de nosso corpo ou a explorar o que consideramos possível conseguir na vida.

A atenção materna, um nutriente essencial para toda a vida

Quando uma câmera de TV filma alguém do público em algum evento esportivo ou qualquer outro acontecimento… O que as pessoas costumam gritar? “Oi, mãe!”
Quase todos nós temos a necessidade de sermos vistos por nossas mães, buscamos sua aprovação. Na origem, esta dependência obedece às questões biológicas, pois precisamos delas para subexistir durante muitos anos; no entanto, a necessidade de afeto e de aprovação é forjada desde o primeiro minuto, desde que olhamos nossa mãe para sabermos se estamos fazendo algo certo ou se somos merecedores de uma carícia.
Mães e filhas
Assim como indica Northrup, o vínculo mãe-filha está estrategicamente desenhado para ser uma das relações mais positivas, compreensivas e íntimas que teremos na vida. No entanto, isso nem sempre acontece assim…
Com o passar dos anos, esta necessidade de aprovação pode se tornar patológica, gerando obrigações emocionais que propiciam que nossa mãe tenha o poder sobre nosso bem-estar durante quase toda a nossa vida.
O fato de que nossa mãe nos reconheça e nos aceite é um sede que temos que saciar, mesmo que tenhamos que sofrer para conseguir isso.  Isso supõe uma perda de independência e de liberdade que nos apaga e nos transforma.

 Como começar a crescer como mulher e filha?

NÃO PODEMOS ESCAPAR DESSE VÍNCULO, POIS SEJA OU NÃO SAUDÁVEL, SEMPRE ESTARÁ ALI PARA OBSERVAR NOSSO FUTURO.
A decisão de crescer implica limpar as feridas emocionais ou qualquer questão que não tenha sido resolvida na primeira metade de nossa vida. Esta transição não é uma tarefa fácil, pois primeiro temos que detectar quais são as partes da relação materna que requerem solução e cicatrização.
Disso depende nosso senso de valor presente e futuro. Isso acontece porque sempre há uma parte de nós que pensa que devemos nos dar em excesso para a nossa família ou para o nosso parceiro para sermos merecedoras de amor.
A maternidade e, inclusive, o amor de mulher continuam sendo sinônimos culturais na mente coletiva. Isso supõe que nossas necessidades sejam sempre relegadas ao cumprimento ou não das dos demais. Como consequência, não nos dedicamos a cultivar nossa mente de mulher, senão a moldá-la ao gosto da sociedade na qual vivemos.
As expectativas do mundo sobre nós podem ser muito cruéis. De fato, eu diria que constituem um verdadeiro veneno que nos obriga a esquecer nossa individualidade.
Estas são as razões que fazem tão necessária a ruptura da cadeia de dor e cicatrização íntegra de nossos vínculos, ou as lembranças que temos deles. Devemos estar cientes de que estes vínculos se tornaram espirituais há muito tempo e, portanto, cabe a nós fazermos as pazes com eles.
Fonte consultada: Mães e filhas de Christiane Northrup
Texto original em espanhol de Raquel Aldana

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

#SOMOSOPOVODACRUZ

Há um clamor em nossos corações. Há um clamor no coração do povo salvo por Cristo Jesus por intermédio da Cruz. Há um clamor nas igrejas espalhadas pela face da terra. Há um clamor que sobe aos céus!

Nesses últimos tempos temos sido impactados pelas notícias de cristãos martirizados por amor a Jesus. A Missão Portas Abertas, que trabalha com cristãos perseguidos no mundo, classificou os 10 países, no ano de 2014,  onde seguir a Cristo pode custar a vida: Coreia do Norte, Somália, Iraque, Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e Nigéria.  Desde 2002, e também para a Classificação dos Países Perseguidos 2015, a Coreia do Norte continua a ser o lugar mais difícil do mundo para praticar o cristianismo.

Entre os perseguidores atuais dos cristãos, um dos grupos de terror mais conhecidos é o Estado Islâmico (EI) que quer dominar a Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e o sul da Turquia. Ele obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem ao islamismo, além de viverem de acordo com a interpretação sunita da religião e sob a lei charia, o código de leis islâmico. Aqueles que se recusam podem sofrer torturas e mutilações ou serem condenados a pena de morte. O grupo é particularmente violento contra muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armênios e yazidis.

Estarrecidos, temos visto imagens de martírio e violência contra nossos irmãos que muitas vezes desafiam nossa compreensão da realidade. De forma pejorativa, o EI chama os cristãos de “o povo da cruz”. Muitas pessoas colocaram nas redes sociais a frase em hastag: #somosopovodacruz ou #eutambémsouopovodacruz a fim de expressar solidariedade aos heróis da fé do nosso tempo.

Nas casas, nos templos, nas ruas e nas escolas os cristãos estão sendo perseguidos. Meninas cristãs são sequestradas e vendidas como escravas sexuais. Homens, mulheres e crianças fogem para as montanhas, para outras cidades ou países, mas muitos deles não têm condições ou tempo para isso e morrem ou sofrem violência por causa da sua fé em Cristo Jesus.

“Alguns foram torturados até a morte, outros acorrentados e jogados na cadeia, outros foram mortos a pedradas, outros serrados ao meio e outros mortos à espada... andavam como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra.”


“E o mundo não era digno deles” (Hebreus 11.36).

Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB março/2015.

NATAL - O ESTRESSE DO NATAL

“Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lucas 2.13-14).

Natal é tempo de paz ou deveria ser assim. Porque Jesus é a paz, assim deveria ser na terra e em nossos corações,  mas na verdade muitas vezes é um tempo de muito estresse.

Vários fatores contribuem para o estresse nesta época natalina: a preparação das comemorações, compras de presentes, ter dinheiro para comprá-los, decoração, não conseguir encontrar o presente especial que procura, esquecer alguém para quem você deveria ter comprado um presente, ceia de Natal, ter a roupa certa para todas as ocasiões sociais, ganhar peso, limpar a casa, saber que o ano está chegando ao fim, enfrentar parentes com os quais você tem dificuldades nos relacionamentos,  dividir o tempo com os sogros e pais, saber que talvez você vai passar o Natal sozinho, fazer parte de uma família que celebra separadamente por causa de um divórcio, organizar as viagens, a falta de entes queridos que já faleceram e outros motivos. Quando você faz uma lista como esta é fácil ver por que o Natal é um período de estresse para muitas pessoas.

Será que Cristo tem algo a nos dizer em meio a toda essa correria porque, afinal, é a sua festa de aniversário?  Há uma pequena história em Lucas que mostra como correria e estresse ficam no caminho do que mais importa. Não era o seu aniversário, mas um momento de comunhão com amigos e Jesus foi o convidado de honra. Na história narrada em Lucas 10, Jesus e os seus discípulos chegaram a uma aldeia onde uma mulher chamada Marta abriu sua casa para eles. Ela ficou distraída com os preparativos para receber bem os convidados enquanto a sua irmã, Maria, se dedicava a ouvir o Mestre. Isso não soa familiar para nós?

Como Marta, podemos ficar tão distraídos por todas as coisas aparentemente necessárias e por esse motivo nos estressarmos.  O problema não é o que escolhemos, mas o que deixamos de fora. Algumas das coisas que elegemos não são realmente prioridades. A resposta é ser como Maria. Ela percebeu que passar o tempo com Jesus era mais importante do que as preparações externas. A escolha de Marta não tinha sido ruim. As coisas que ela estava trabalhando eram todas boas, mas não eram as escolhas mais sábias no momento. Por quê? Jesus estava lá!

Todos os preparativos de Natal são bons, mas não são "apenas uma coisa" que é "necessária”. E essa coisa que é necessária neste Natal é passar o tempo com Jesus, em uma relação de amor íntimo e pessoal. Nunca devemos ficar tão ocupados com as coisas exteriores que negligenciemos o culto ao Senhor, de preparar o nosso coração para recebê-lo, dar-lhe de presente a nossa adoração e deixar que a sua paz domine em nossos corações em meio aos dias turbulentos e ocupados desta época do ano.


(Inspirado em How to Handle Holiday Stress, by Matthew Rogers)
Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB, dez/2014

NATAL - OS SONS DE NATAL

A primeira vez que ouvi um coro cantar o Messias de Handel em um concerto ao vivo, fiquei maravilhada. Eu estava no Seminário do Sul, no Rio de Janeiro, e aquele som me surpreendeu. Depois disso ouvi muitos outros coros com performances do Messias e outros repertórios que me impactaram e, então, pergunto-me como seria a minha reação ao ouvir uma multidão de anjos louvando a Deus. 

Quando pensamos sobre aqueles pastores da história de Natal, nas campinas de Belém, e como a glória de Deus se manifestou de forma que eles ficaram com medo, não podemos imaginar aqueles sons únicos. Primeiro, o anjo dizendo-lhes: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:10-11), e depois aquele coro extraordinário com a multidão do exército celeste, louvando a Deus, e dizendo: “Glória a Deus nas alturas e na paz da terra, boa vontade para com os homens” (Lucas 2.13,14). Eu sei que os sons que ouço no Natal não podem se comparar com o que os pastores ouviram, mas os meus sons são muito especiais: 

1. A leitura dos textos bíblicos que narram a história do Natal é um dos sons que mais gosto de ouvir. Gosto de ouvi-los nos momentos de culto, nas reuniões familiares, de lê-los diretamente da Bíblia e, às vezes, em voz alta porque torna os fatos ainda mais vivos; 

2. Amo a música de Natal. Gosto de algumas recentes, mas nada como nossas antigas canções de Natal como "Noite de Paz”, “Surgem Anjos Proclamando”, “Alta Noite Estão Pastores”, “Povos Cantai” e outros. As palavras dessas músicas são poderosas porque passam de geração em geração contando a história do Natal e nos trazem recordações preciosas;

3. Como são alegres os risos do Natal quando a família e os amigos se reúnem! O riso das crianças é um daqueles sons de Natal que gostaríamos de agarrar para nunca perdê-los. Não é alegres que ficamos em festas de aniversário? Bem, o Natal é quando celebramos o nascimento de Cristo e, então, a alegria deve estar presente;

4. Outro som que gosto de ouvir no Natal é o "Quero". Como era bom ouvir minhas filhas, quando pequenas, me dizerem o que queriam para o Natal. Isso nos ajudava a determinar o que elas realmente gostariam, mas é lógico que nem sempre podiam ter tudo o que queriam. É maravilhoso saber que também podemos falar com Deus a respeito dos nossos desejos e necessidades e que ele nos ouve também!

Estes são alguns dos sons que me inspiram. Provavelmente você tem os seus próprios sons, mas que todos nós tenhamos tempo para lembrar o significado daqueles primeiros sons de Natal vindos da multidão de anjos celestiais que anunciavam o nascimento de Jesus, o nosso Salvador. 

(Inspirado em The Sounds of Christmas, Julia Bettencourt)
Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB dez/2014

QUEM PRECISA DE LIDERANÇA?

Em alguma época do ano, normalmente no final ou no início, as igrejas trabalham para identificar aqueles que Deus tem separado para a liderança dos seus diversos ministérios.
Tarefa difícil! Muitos se esquivam e mesmo que exerçam funções de liderança em outros lugares recusam-se a fazerem isso na igreja. Talvez seja porque pesquisas têm apontado que um grupo significativo de pessoas hoje coloca a igreja no item lazer. Isso significa que a participação é descompromissada e ocasional e não pode resultar em contrariedades como sempre acontece quando exercemos algum ministério.

Graças a Deus que há aqueles que entendem suas vidas como missão para serem cooperadores de Deus na prática do amor e serviço. Assim, se dispõem a liderar outros ou comporem equipes para agirem em favor das pessoas que Deus traz às nossas igrejas e que precisam ser cuidadas e aprenderem a viver o evangelho de Cristo.

Cabe a todos nós, líderes e liderados, refletirmos a respeito da importância dos nossos papeis. Destaco aqui um trecho do artigo de Ricardo Paiva:  
“Quem não precisa de liderança? Em casa, no trabalho, na vizinhança, na sociedade, na escola, na vida, quem não precisa de liderança? Quem não se viu diante de dilemas ou resoluções a serem tomadas em que alguém despontou como guia, mestre, influente ou definidor da ação? Onde quer que agrupamentos humanos se formem, as pessoas começam a interagir e a fazer coisas juntas. Tarefa e Emoção são condições da vida gregária. E quando isso começa, diferentes interesses entram em jogo e surge logo, naturalmente, a necessidade de organizar, direcionar, controlar, que é assumida, protagonizada por alguns e aceita, questionada ou desenvolvida por outros. Àqueles que executam o papel de definidores, direcionadores, inspiradores, chamamos líderes.
Não podemos prescindir de liderança. Foi assim nos primórdios da civilização, será ainda assim no futuro. Ainda precisamos de quem assuma o papel de perceber as necessidades dos outros, dirigir os esforços, organizar as coisas, ensinar lições, controlar os atos, lembrar o foco… tanto quanto necessitamos, socialmente falando, de gente disposta a fazer o que é preciso, aceitar a direção, colaborar e se unir em torno de um movimento, executar o que foi combinado, seguir a direção. Quem precisa de líderes? Eu responderia: todos nós.”


“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" (Josué 1:9).

DIA DAS MÃES - MÃE: AÇÃO OU EMOÇÃO?

O que faz uma mulher ser mãe: ação ou emoção?
No amor, ação e emoção andam juntas porque amor não é amor até que se transforme em ação. Então o que faz uma mãe é o amor: ação e emoção;
A ação que faz uma mulher ter um filho, do seu corpo ou do coração, permeada pela emoção;
A ação de amamentar e acalmar o bebê quando chora, acalentada pela emoção;

A ação de cuidar de feridas do corpo e da alma, contendo a emoção;

A ação de relegar projetos e sonhos para um segundo plano, amadurecendo a emoção;

A ação de conciliar diversas funções simultâneas, administrando a emoção;

A ação de formar uma rede de apoio com avôs e avós, babás e escolas, dividindo a emoção;

A ação de cuidar sozinha dos filhos, fortalecendo a emoção;
A ação de ensinar, orientar, orar e ensinar os filhos a andarem com Deus, disciplinando a emoção;

A ação de defender os filhos contra as investidas da maldade humana, da violência da terra, guardando a emoção;

A ação de deixar aos filhos as escolhas da vida, trabalhando a emoção;
A ação de beijar, abraçar, cheirar, seja em que tempo for, extravasando a emoção;

A ação de receber cuidado e carinho porque os anos se passaram, vivendo a emoção;

E é assim que uma mãe se faz: em ação e emoção. Em amor.

Porque o amor é a emoção em ação!

(Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB, maio/2014)

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

50 TEMAS PARA ENCONTROS/CONGRESSOS/RETIROS/JANTARES/EVENTOS DE CASAIS/FAMÍLIAS


Sugestões reunidas de pesquisas, temas de livros, criações pessoais e de amigos
  1. As Estações na Vida de um Casal
  2. Imperfeitos e Felizes
  3. Casais Edificados sobre a Rocha
  4. Por toda a Vida
  5. Esperança em Tempos de Crise
  6. Casamente se Constrói
  7. Família - Meu Maior Patrimônio
  8. O Desafio de Ser Família Hoje
  9. Famílias Restauradas por Deus
  10. Um amor que não se apaga - Cantares 8.7
  11. De volta para casa
  12. O amor que resiste
  13. Eu e a minha casa
  14. A História de Nós Dois
  15. Construindo um Casamento/Família para a Glória de Deus
  16. Valores que Edificam a Família/Casamento
  17. Uma Família Viva!
  18. Famílias/Casais que Vencem pela Fé
  19. Uma Nova Aliança
  20. Casamento para Toda a Vida
  21. Dobrando os Joelhos pela Família
  22. Se Eu Fosse Você
  23. De Volta para Onde o Amor Nasceu
  24. Famílias que Amam e Acolhem
  25. O Amor Tem Que Ser Bonito
  26. Esperança em Tempos de Crise
  27. Construindo a Paz em Nossas Famílias
  28. Família Debaixo da Graça
  29. Vencendo as Crises no Casamento/na Família
  30. É Melhor Serem Dois
  31. Eu, Você e Deus
  32. Como Andarão Dois Juntos?
  33. Famílias frente ao Desafio das Novas Gerações
  34. Famílias Sólidas em um Mundo Líquido
  35. O Amor está no Ar
  36. Coragem para Recomeçar
  37. Canções do Nosso Amor
  38. As Escolhas do Coração
  39. Ainda Vale a Pena
  40. Casais & Sexualidade
  41. Prazer e Sexo no Casamento
  42. Sexo, prazer para dois
  43. Convivência Feliz e Sexo
  44. Falando sobre Sexo
  45. O Prazer sem Pesar
  46. Hábitos dos Casais Felizes
  47. Quanto Vale o Seu Casamento?
  48. Casais em Alerta
  49. Afetividade e Sexualidade
  50. Cantares e a Sexualidade

sábado, 7 de março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER E A IGREJA

Zenilda Reggiani Cintra

Pra variar, como faz com outras datas, o comércio quer transformar o dia 08 de março no Dia da Mulher e o mês de março no Mês da Mulher no pretexto de se fazer homenagens. A data não tem esse objetivo  e nós, como a igreja do Senhor Jesus, comprometida com a justiça, não podemos nos render à banalização desse dia.

O Dia Internacional da Mulher remete ao ano de 1857, quando operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens. No entanto,  a greve terminou em tragédia pois os patrões não cederam, trancaram as portas e um incêndio no local provocou a morte de 130 mulheres. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres, realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". Desde então, o movimento em favor da defesa da mulher e reivindicação dos seus direitos de cidadania plena tem ganhado espaço em todo o mundo.

O QUE AS IGREJAS DEVEM ENFATIZAR NESTE DIA

Não podemos ficar indiferentes às injustiças das quais a mulher é vítima.  Para se ter uma ideia do que é a realidade da mulher no Brasil, não se precisa ir muito longe. Basta observar o tratamento desrespeitosa que se dá as mulheres muitas vezes do nosso círculo social, as piadas e brincadeiras que tiram o valor da mulher e a atribuição de um valor menor à mulher. Acredito que todo brasileiro tem alguma mulher do seu convívio que sofre  algum tipo de violência, seja verbal ou física, e que se submete a esses maus tratos sem qualquer reação, achando que isso faz parte da sua condição de mulher. Assim foi com suas avós, com suas mães e agora com elas.

Nesta semana, repercutiu a decisão da Câmara dos Deputados que aprovou, no dia 3 de março de 2015, o projeto de lei 8305/14 do Senado Federal, que altera o Código Penal e inclui o feminicídio na lista de homicídios qualificados, além de colocá-lo entre os crimes hediondos. O texto segue para sanção presidencial. Feminicídio é o ato de matar uma mulher pelo simples fato de ela ser do sexo feminino. Vale a pena ler Feminicídio: desafios e recomendações para enfrentar a mais extrema violência contra as mulheres em http://goo.gl/27Cmpu.

Entre vários trechos que poderia destacar desse artigo, chamou-me a atenção os dados sobre violência no Brasil: “Com uma taxa de 4,4 assassinatos em 100 mil mulheres, o Brasil está entre os países com maior índice de homicídios femininos: ocupa a sétima posição em um ranking de 84 nações, segundo dados do Mapa da Violência 2012 (Cebela/Flacso). Mais de 43 mil mulheres foram assassinadas no País na última década, uma realidade vergonhosa que torna a tipificação penal do feminicídio uma demanda explícita e urgente, cuja real aplicação tem no Judiciário elemento indispensável, comenta Flávio Crocce Caetano, secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça”.

Chama ainda a atenção a tolerância com a violência e a responsabilidade das instituições, e podemos apontar a igreja como uma delas: “De acordo com o Mapa da Violência, altas taxas de feminicídio costumam ser acompanhadas de elevados níveis de tolerância à violência contra as mulheres e, em alguns casos, são exatamente o resultado dessa negligência. Os mecanismos pelos quais essa tolerância é exercida podem ser variados, mas um prepondera: a culpabilização da vítima como justificativa dessa forma extrema de violência. Basicamente, o mecanismo de autojustificação de várias instituições, principalmente aquelas que deveriam zelar pela segurança e pela proteção da mulher, coloca a vítima como culpada. A mulher é responsabilizada pela violência que sofre”.

Comemorar esse dia, como igreja,  significa render a Deus louvor pela maneira singular que ele criou a mulher e pela igualdade do ser humano diante dele, seja macho ou fêmea. Significa também reafirmar o valor de cada mulher respaldado na Palavra, o acolhimento que Deus sempre deu às mulheres e o papel importante delas na história da Revelação, da igreja e nos dias de hoje, sem discriminação de dons e funções. É também uma oportunidade de enfatizar a importância da ação e oração de cada mulher, como discípula de Jesus, e também da igreja em favor daquelas mulheres que no Brasil e no mundo sofrem injustiça e violência. Por último, pode significar também um momento de homenagem, por que não, expressando o amor e a apreciação para as mulheres da igreja, certamente guerreiras e valorosas, mulheres de Deus!