quarta-feira, 1 de abril de 2009

O PODER DA RESSURREIÇÃO - PÁSCOA



Todos os episódios que marcaram o sofrimento, morte e ressurreição de Jesus tiveram, também, a participação de mulheres. Ah, esse maravilhoso Jesus que sempre permitiu a proximidade, a voz, a intervenção e a participação de mulheres em sua vida e ministério! Sem medo de ser mal interpretado, na pureza e santidade de um Deus, no afeto restaurador da sua presença!
Entre essas mulheres, destaca-se Maria Madalena. Liberta de sete demônios, tendo sua vida transformada e depois seguido a Jesus desde a Galiléia, agora está diante de acontecimentos inimagináveis. Havia acompanhado todo o sofrimento de Jesus, sua morte, seu sepultamento e, agora, está sozinha diante do túmulo vazio. Ela chora. Outras mulheres já haviam estado com ela naquele mesmo lugar, alguns dos discípulos, mas agora estava sozinha.
Que dor! Com certeza, naquele momento havia muitas interrogações em sua mente. Que seria de sua vida se Jesus estivesse realmente morto? Todo aquele tormento do passado voltaria? Todo o domínio do mal na sua vida? Todo o descontrole sobre o seu ser e suas vontades? Toda aquela paz iria embora? Quem seria capaz de consolá-la nessa hora? Ela sabe que está, novamente, diante de um divisor de águas.
Até que ouve o seu nome! E quando isso acontece, ela sabe que é Jesus, Raboni, o Mestre amado que mudou a sua vida. Ele está vivo! A esperança e a alegria imediatamente voltam ao seu coração. Jesus ainda a comissiona a repartir essa esperança, contando a outros o milagre da sua ressurreição.
Em alguns momentos, seria bom que parássemos e nos fizéssemos algumas perguntas: De onde viemos? Onde estávamos quando Jesus nos encontrou e transformou a nossa vida? Que domínio havia do maligno sobre nosso ser, nossas famílias e nossos sonhos? Se crescemos em lares cristãos, equilibrados e fiéis, onde tivemos fé, afeto e segurança para nos desenvolvermos, em que condições estavam nossos pais ou avós quando Jesus os encontrou? Essa é uma pergunta importante para muitos de nós. Para aqueles de famílias de segunda, terceira e mais gerações de cristãos evangélicos. Acostumamo-nos com a presença de Jesus. De andarmos com ele. Viver a sua sombra.
Muitas vezes não acreditamos ou não nos preparamos para os dias maus. E eles chegam. Em diversas circunstâncias da vida, homens e mulheres deparam-se com situações onde parece que as conquistas vão escorrer pelos dedos. As ameaças pairam sobre suas vidas, famílias, trabalho e ministério. Parece que tudo está à mercê das pessoas e das circunstâncias. Mulheres temem por seus lares, seus filhos, seus casamentos e o futuro. E, então, sofremos porque deixamos para trás a percepção do poder transformador e libertador de Jesus. Ou porque ficou meio esquecido no tempo ou porque nunca realmente o experimentamos.
Mas, independente dos nossos sentimentos, Jesus continua cheio de poder e misericórdia capaz de tornar nosso sofrimento em alegria, nosso sentimento de morte em esperança de vida. De enxugar as lágrimas e fazer ouvir a sua voz de amor e provisão. De soprar o seu Espírito de maneira nova e nos dar um novo sentido e comissionamento para a vida. Jesus ressuscitou. Aleluia!
(Publicado em O Jornal Batista - 120409)

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