Era uma vez um homem.
Seu corpo era esguio e forte.
Robusta, áspera até, era sua mente.
Numa reunião, sua palavra era um chicote.
Um dia desses, encontrei-o num elevador,
tangido por um cuidador.
Queria apertar todos os botões, como um menino.
Então, ele se foi, como se estivesse sorrindo.
Nossa vida é neblina.
Nosso corpo é pó.
Sem a esperança divina
que nos anima,
é só. Tão somente só.
(ISRAEL BELO DE AZEVEDO, http://www.prazerdapalavra.com.br/index.php)
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