segunda-feira, 14 de outubro de 2013
OUTUBRO ROSA
Acho muito bonito trazer um símbolo de feminilidade, a cor rosa, para a prevenção do câncer de mama. A cor se refere ao laço cor de rosa que simboliza a luta contra este tipo de câncer por meio de um movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa, quando a população, empresas e entidades são estimuladas a participarem orientando as mulheres a respeito da necessidade do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Sabe que é difícil pensar e escrever a respeito desse assunto? Porque o câncer, especialmente o de mama, é uma sombra na vida de toda mulher. Cada exame ao longo da vida nos faz temer o diagnóstico positivo e todas as consequências que ele possa trazer. Difícil alguém que não tenha perdido alguma mulher amada dos seus relacionamentos para esta doença. É o câncer que mais mata mulheres no Brasil. No mundo todo, surgem cerca de 1 milhão de casos anualmente. Segundo o Ministério da Saúde, a cada ano surgem cerca de 50 mil casos de câncer de mama no país. Somente em 2011, houve 13.225 vítimas da doença.
As mulheres devem ser incentivadas à realização do auto-exame, dos exames clínicos anuais e às mamografias frequentes pois essas ações podem reduzir a mortalidade das mulheres propensas ao problema, principalmente após os 50 anos. Trabalho, família e outras responsabilidades não devem ser desculpas para a não realização dos exames. Se há tempo para a mulher atender aos seus compromissos profissionais e ministeriais, ir ao dentista ou ao cabeleireiro, também deve ter o seu momento anual para os exames preventivos.
A história do Outubro Rosa começou quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990. Para sensibilizar a população, as cidades se enfeitavam com os laços, surgindo posteriormente a iluminação de rosa dos monumentos e prédios públicos e privados, uma leitura visual compreendida em qualquer lugar no mundo.
Na Bíblia hebraica a palavra que mais se aproxima do paradigma de bem-viver é a palavra shalom, geralmente traduzida por paz. Perguntar alguém como vai - como está o teu shalom – significa perguntar algo que tem a ver com a sua condição existencial, abrangente e integral, que inclui a saúde. Jesus assumiu este shalom como missão: “Eu vim para que todos tenham vida plena” (Jo 10,10). Então a pergunta é: como está o shalom das mulheres das nossas igrejas? Seria muito bom trazermos para as nossas agendas eclesiásticas essa luta do Outubro Rosa, tão importante para a saúde da mulher brasileira.
E que tal iluminarmos de rosa os templos das igrejas em algum momento do mês de outubro?
DESPREZO
Quem já não sentiu um olhar de desprezo? Como uma
água suja que nos atinge na rua assim é o olhar que pousa sobre nós muitas
vezes em momentos inesperados. As razões podem ser bem diversificadas e tentam
justificar o injustificável.
(Zenilda Reggiani Cintra, publicado em O Jornal Batista, 22setembro2013)
Agar olhou assim para Sara porque ela tinha um
filho de Abraão e ela não. Depois, Sara olhou com desprezo para Agar e seu
filho Ismael porque ameaçavam a exclusividade da herança de Isaque;
Os povos do deserto desprezaram os israelitas
porque viam somente um povo em peregrinação desejando chegar a uma terra
inconquistável;
Hamã desprezou Mardoqueu porque ele recebeu a
honra que ele julgava ser dele. Por
causa disso achou que não bastava matá-lo, mas sim desejou exterminar todo um
povo;
Sambalate, Tobias e Gesem olharam com desprezo
para Neemias e os demais que reconstruíam a cidade de Jerusalém, achando que
eles é que tinham poder para determinar os rumos do povo de Deus;
O sacerdote Eli olhou com desprezo para Ana
enquanto ela clamava e orava por um filho que viria a sucedê-lo e seria ainda
profeta e juiz;
Golias olhou assim. O alvo foi Davi, ainda um
aprendiz na corte do rei Saul. Olhou com desprezo porque aos seus olhos era só
um menino de boa aparência e não o escolhido de Deus e fez pouco caso dele;
Mical também olhou com desprezo para o rei Davi.
Ela jamais poderia compreender uma pessoa que adorava ao Senhor com liberdade e
temor diante da importância que era trazer a arca da aliança para o meio do
povo de Israel;
Os discípulos desprezaram as crianças que foram
buscar a bênção de Jesus porque não acharam que elas eram dignas de tempo e
atenção;
Os mesmos discípulos desprezaram a mulher junto ao
poço de Samaria por que quem era aquela mulher aos olhos deles e quem era
aquele povo?
Jesus “era desprezado, e rejeitado dos homens;
homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens
escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Isaías 53:3).
Quem somos nós para querermos ser mais do que
Jesus?
terça-feira, 3 de setembro de 2013
FAMÍLIAS: E O MILAGRE TAMBÉM
Uma pesquisa em livros e na internet a respeito de famílias me fez constatar algo surpreendente, pelo menos para mim. Fiquei impressionada como grande parte das soluções apontadas em livros e sites cristãos são humanistas. Pouca coisa li que indicava o poder de oração e da aplicação dos ensinos da Palavra para a solução de problemas familiares. À medida que o tempo passa, que a escolaridade aumenta, há uma tendência de encararmos como se tudo pudesse ser resolvido por meios humanos. Diálogo, terapia, compreensão e outros são alguns dos caminhos indicados para solução de problemas familiares, mas todos nós temos experiência de ver famílias ou viver nossas próprias situações em que, mesmo fazendo tudo isso, não há mudança.
Se por um lado acusamos outros segmentos evangélicos de só esperar que alguma solução venha do céu, por outro lado muitas vezes caímos no extremo de confiar somente em soluções humanas. Não que as ferramentas já apontadas não sejam importantes, são sim, e muito, mas elas são apenas uma parte da solução.
Creio firmemente que nossas batalhas são vencidas primeiro no céu porque tudo o que nos diz respeito é espiritual: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).
Acima de qualquer outra providência, precisamos esperar em Deus todos os dias. Que expressão significativa esta: “Guia-me na tua verdade, e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação; por ti estou esperando todo o dia” (Salmos 25:5). Havia um anseio no coração do salmista para encontrar-se com o Senhor, estar na sua presença e desfrutar da sua companhia. Mas nesse encontro havia um propósito: que Deus o dirigisse, que lhe indicasse o caminho e que ele fosse ensinado cada dia a andar na verdade. Como precisamos em nossas lutas ter um encontro com o Senhor todos os dias!
Muitos caminhos são propostos para a solução de problemas, para atendermos as carências emocionais, para trabalharmos com as dificuldades dos relacionamentos e para os diversos desafios famíliares. No entanto, nosso coração deve estar firme no propósito de, em primeiro lugar, buscar ao Senhor em oração para que ele faça o milagre de transformação nos corações e mentes, de dentro para fora, aquele que só o Espírito Santo pode fazer.
(Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB 25ago13)
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segunda-feira, 5 de agosto de 2013
O OLHAR DO PAI (DIA DOS PAIS) - JOGRAL
Autoria: Pra. Zenilda Reggiani Cintra
Hoje é um dia muito especial dedicado aos pais. Pais que marcam a vida dos filhos quando os olham como grandes presentes recebidos de Deus
Há o olhar do pai que se alegra quando sabe que a mulher amada espera um bebê que ele já imagina lindo e a cara do pai ou a princesinha dos seus sonhos.
Pai
cujo olhar se enternece ao ouvir a palavra papai pela primeira vez e com os
passinhos vacilantes do filho que caminha ao seu encontro.
Pai de
olhar cansado que leva seu pequenino sonolento todos os dias ao colégio, atrapalhado
com mochila, lancheira e casaco.
Pai
que enche os olhos de lágrimas ao ouvir sua linda criança cantando pela
primeira vez em sua homenagem no coralzinho que ele jamais viu igual.
Pai
que olha seus pequenos e fala do amor de Deus; que pode orar enquanto o
coraçãozinho confiante entrega a sua vida a Jesus e que toca a cabeça dos filhos
enquanto dormem, suplicando a bênção de Deus em oração.
Posso
também ver a expressão triste do pai que perde seu emprego e teme pelo futuro de
seus amados;
Pai que
vê o futuro com confiança e caminha
quilômetros ou anda de transporte público para economizar um pouco e ampliar a
casa, pequena para a família que cresceu.
Pai
com olhar de bondade que busca seus filhos tarde da noite ou que se levanta de
madrugada para levá-los ao colégio ou trabalho.
Pai que
olha com misericórdia o filho envolvido com vícios e más companhias e que o
busca em meio à maldade humana e à violência da terra. Que olha para o Pai do
Céu e suplica por transformação e restauração e se alegra ao constatar a volta
do filho amado.
Posso
também pensar no olhar do pai que se emociona com um beijo, um abraço, um telefonema, um e-mail ou a imagem e voz do
filho distante, benefícios da tecnologia.
Pai
que olha vitoriosamente para o filho que recebe o seu diploma, que consegue o
trabalho dos sonhos ou que constitui sua família, bênção para o justo que pode
embalar os filhos dos seus filhos.
No
rosto de cada pai, aos poucos, as linhas se definem mais, os cabelos se tornam
gradativamente brancos e escassos, o corpo perde as suas forças e a voz às
vezes é vacilante.
E em
meio a vida que se vai, o olhar brilha, cheio de amor, cada vez que contempla o
rosto do filho ou da filha amada - o olhar do meu pai!
Veja também: O PAI QUE EU QUERIA e DEUS FEZ OS PAIS
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Programa do Dia dos Pais
domingo, 4 de agosto de 2013
O PAI QUE EU QUERIA - Homenagem
(autor desconhecido – adaptado)
1 - Papai do Céu
2
- Como é que você sabia
3
- Que de todos os pais do mundo,
4
- Era este que eu queria?
5
- Que trabalha com amor
6
- Pra poder me agasalhar
7-
E se esforça o tempo todo
8
– Pra me amar e educar.
9
- Eu me sinto tão feliz
10
- Pelo pai que você me deu
11
- Que bom se todas as crianças
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quarta-feira, 31 de julho de 2013
MULHERES NA MINHA HISTÓRIA
Resolvi dia desses fazer um doce de banana. Não
sou muito de inventar na cozinha porque fui de um segmento da minha geração
cuja última coisa que gostaríamos de fazer como mulheres era cozinhar. Tive que
aprender e desenvolver amor por essa tarefa porque decidi constituir família e
entendi que comida tem a ver com demonstração de amor. Existe coisa mais
gostosa do que estar reunida com a família ao redor da mesa?
Pois bem, então fui fazer o doce. Descasquei as bananas, cortei-as em pedaços e lembrei que alguém, mãe? avó? tinha me falado que queimar o açúcar e colocar depois a banana deixava o doce com aquela cor bonita e foi o que fiz. Em seguida, lembrei-me que alguma mulher, irmã? tia? tinha me ensinado que doce de banana precisa ter cravos para aprimorar o sabor e, então, coloquei-os. Pensei: qual é o ponto do doce? Lembrei-me que uma amiga? irmã da igreja? deu-me a dica que o doce está bom quando começa a despregar do fundo da panela. E não é que o doce ficou uma delícia! Todos gostaram e logo não havia sobrado mais nada.
Fiquei pensando quantas mulheres influenciaram a minha vida nas mais diversas áreas e me ajudaram a construir a minha identidade feminina, a maneira de portar como mulher, de cuidar de mim e das coisas do dia a dia, de trabalhar no Reino de Deus, de demonstrar amor, de escrever e tantos outros detalhes. Lembrei-me da minha mãe, das irmãs, das avós, das tias, das amigas, das professoras, das mulheres da Bíblia, das minhas companheiras de ministério e jornada cristã e tantas, tantas outras que marcaram e marcam a minha história e me fizeram ser quem sou. Pensei também que todas elas são resultado de outras mulheres que passaram por suas vidas e todas nós juntas somos frutos de muitas gerações. Que herança maravilhosa, que legado precioso que cada uma de nós tem!
É claro que nem tudo sempre é perfeito, mas é tão bom olhar para nós mesmas e gostar daquilo que vemos, do resultado da influência de tantas mulheres que se importaram conosco ou que Deus colocou em nossa genealogia. À medida que amadurecemos em Cristo e em nossa personalidade temos condições de lançar esse olhar de gratidão a Deus por nossa herança feminina, reconhecendo que tudo que aconteceu nos fez as pessoas que somos e nos dá as condições para fazermos diferença no mundo.
A influência que exercemos sobre a vida de outras mulheres, a começar daquelas que estão em nossas casas e famílias, mas também se estendendo às outras com as quais convivemos, é algo que precisa estar bem claro para nós. Trilhar um caminho de generosidade e de solidariedade ao invés de uma estrada solitária ou de competição e indiferença é o que nos dará a liga, o elo com as mulheres ao nosso redor. Podemos nos ajudar de maneira informal ou na formalidade de um grupo com intencionalidade de crescimento. O fato é que precisamos umas das outras, das orientações, das palavras amigas, do encorajamento, das orações, do companheirismo e alegria que só o caminhar juntas pode nos oferecer. E aí então o resultado será muito saboroso, melhor ainda que o meu doce de banana.
Pois bem, então fui fazer o doce. Descasquei as bananas, cortei-as em pedaços e lembrei que alguém, mãe? avó? tinha me falado que queimar o açúcar e colocar depois a banana deixava o doce com aquela cor bonita e foi o que fiz. Em seguida, lembrei-me que alguma mulher, irmã? tia? tinha me ensinado que doce de banana precisa ter cravos para aprimorar o sabor e, então, coloquei-os. Pensei: qual é o ponto do doce? Lembrei-me que uma amiga? irmã da igreja? deu-me a dica que o doce está bom quando começa a despregar do fundo da panela. E não é que o doce ficou uma delícia! Todos gostaram e logo não havia sobrado mais nada.
Fiquei pensando quantas mulheres influenciaram a minha vida nas mais diversas áreas e me ajudaram a construir a minha identidade feminina, a maneira de portar como mulher, de cuidar de mim e das coisas do dia a dia, de trabalhar no Reino de Deus, de demonstrar amor, de escrever e tantos outros detalhes. Lembrei-me da minha mãe, das irmãs, das avós, das tias, das amigas, das professoras, das mulheres da Bíblia, das minhas companheiras de ministério e jornada cristã e tantas, tantas outras que marcaram e marcam a minha história e me fizeram ser quem sou. Pensei também que todas elas são resultado de outras mulheres que passaram por suas vidas e todas nós juntas somos frutos de muitas gerações. Que herança maravilhosa, que legado precioso que cada uma de nós tem!
É claro que nem tudo sempre é perfeito, mas é tão bom olhar para nós mesmas e gostar daquilo que vemos, do resultado da influência de tantas mulheres que se importaram conosco ou que Deus colocou em nossa genealogia. À medida que amadurecemos em Cristo e em nossa personalidade temos condições de lançar esse olhar de gratidão a Deus por nossa herança feminina, reconhecendo que tudo que aconteceu nos fez as pessoas que somos e nos dá as condições para fazermos diferença no mundo.
A influência que exercemos sobre a vida de outras mulheres, a começar daquelas que estão em nossas casas e famílias, mas também se estendendo às outras com as quais convivemos, é algo que precisa estar bem claro para nós. Trilhar um caminho de generosidade e de solidariedade ao invés de uma estrada solitária ou de competição e indiferença é o que nos dará a liga, o elo com as mulheres ao nosso redor. Podemos nos ajudar de maneira informal ou na formalidade de um grupo com intencionalidade de crescimento. O fato é que precisamos umas das outras, das orientações, das palavras amigas, do encorajamento, das orações, do companheirismo e alegria que só o caminhar juntas pode nos oferecer. E aí então o resultado será muito saboroso, melhor ainda que o meu doce de banana.
(Pra. Zenilda Reggiani Cintra, publicado em Visão Missionária, UFMBB, 3T13)
VALE ESCURO
Dedico esse texto ao meu cunhado Hélio Soares de Souza e a minha querida amiga Rosa Bianchi
Como batista “de berço”, como alguns se referem hoje às pessoas que nasceram em lares cujos pais já eram batistas, participei de todas as organizações tradicionais de uma igreja, inclusive coros e conjuntos musicais. Acho que consigo ainda cantar muitos hinos dos Coros Sacros, do talentoso Artur Lakschevitz, e de outros autores que fizeram nossa hinódia.
Como batista “de berço”, como alguns se referem hoje às pessoas que nasceram em lares cujos pais já eram batistas, participei de todas as organizações tradicionais de uma igreja, inclusive coros e conjuntos musicais. Acho que consigo ainda cantar muitos hinos dos Coros Sacros, do talentoso Artur Lakschevitz, e de outros autores que fizeram nossa hinódia.
Ainda
no início da adolescência, já cantava em coros de adultos porque “tinha voz
boa”, e nossa igreja era pequena e todos precisavam participar. Dentre as
lembranças mais antigas, uma dessas músicas, de autoria de Mina Roch, sempre me
vem à memória: "Pelo vale escuro seguirei Jesus/Mas por ti
seguro vendo a tua luz/O meu passo incerto Tu dirigirás/Ao sentir-te perto,
nunca perco a paz".
Ao longo da vida atravessei muitos vales e tenho
acompanhado os vales escuros de muitas pessoas amadas. Quando passamos pelos
vales das doenças, das perdas irreparáveis, das sombras infernais, das traições
inimagináveis, das esperanças frustradas e tantos outros, não conseguimos
compreender o porquê, o que realmente está acontecendo e nem as consequências
para o futuro. Estar em vales escuros nos traz sentimentos de medo, de fragilidade,
de impotência e de insegurança.
Quando todas as esperanças foram embora, dois
discípulos, muito provavelmente Cleopas e Maria, sua esposa, estavam à caminho
de casa em Emaús. Certamente havia uma tristeza profunda em seus corações para
a qual talvez faltassem palavras, como acontece conosco, porque atravessavam um
vale escuro com a morte de Jesus. Como seriam suas vidas a partir dali? O que
fazer com os projetos, os sonhos e as esperanças? Como continuar a viver depois
de tudo?
E então Jesus veio para estar com eles no vale. Nem
sempre reconhecemos quando isso acontece; não conseguimos, por causa da dor,
percebê-lo ali. Mas ele estava lá,
andando junto, dialogando, esclarecendo, entrando na casa e sentando ao redor
da mesa. Bendita presença! Os discípulos ainda teriam que caminhar muito e
passarem por muitos outros vales, mas a consolação da presença de Jesus,
daquele “se importar”, estaria sempre com eles.
E o hino termina assim: “Breve a noite desce, noite
de Emaús,/E meu ser carece de te ver, Jesus!/Companheiro amigo que ao meu lado
vens,/Fica ó Deus comigo, infinito bem”.
(Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB 140713)
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segunda-feira, 1 de julho de 2013
LEGITIMIDADE
Salomão não foi convidado para a festa. O rei Davi
já era idoso e havia chegado a hora de se pensar na sucessão do reinado e então
Adonias, um dos seus filhos, achou que deveria ser ele. Convidou representantes
políticos, religiosos e militares e fez o que hoje chamaríamos de um churrasco.
Salomão não foi convidado para a festa, mas acontece que ele era filho de Batseba e mentoreado pelo profeta Natã desde a infância e ambos tinham acesso ao espaço e coração do rei. Depois de saber o que estava acontecendo, Davi resolve cumprir sua promessa de que Salomão seria o seu sucessor. Outra festa se inicia, agora não por causa das iguarias, mas em razão da unção, da consagração do novo rei diante de Deus e do povo.
Do lugar onde Adonias estava ele ouviu o barulho da festa legítima de Salomão e, por isso, os seus convidados fugiram com medo e o deixaram sozinho, não lhe restando opção se não a de pedir clemência a Salomão.
Às vezes não somos convidados para comemorações, as que gostaríamos de ir e também para aquelas pelas quais não temos qualquer interesse. O difícil é quando somos excluídos de lugares onde a nossa presença é a que seria legítima, como era o caso de Salomão. Foi preciso que um homem e uma mulher, em parceria, mudassem o curso dos acontecimentos para que a justiça fosse feita e o reino não fosse tomado pela força.
Há momentos em que é preciso agir com estratégias e lucidez para que a legitimidade prevaleça. Alguns levantam bandeiras querendo coroar tradições, ideias não condizentes com a hermenêutica correta das Escrituras, com a fé que professamos e com a justiça e o amor cristãos. Fazem barulho, envolvem pessoas até bem intencionadas, mas as razões são equivocadas. A exclusão reforça o motivo.
É preciso analisar as comemorações e seus objetivos. É preciso reconhecer quando a unção e a consagração acontecem como resultado do cumprimento da vontade de Deus. É preciso que estejamos nos lugares legítimos cujas pessoas querem agradar a Deus. É preciso que lutem juntos, homens e mulheres, para que os escolhidos e as escolhidas de Deus sejam legitimamente reconhecidos.
Pra Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB 23jun2013
Salomão não foi convidado para a festa, mas acontece que ele era filho de Batseba e mentoreado pelo profeta Natã desde a infância e ambos tinham acesso ao espaço e coração do rei. Depois de saber o que estava acontecendo, Davi resolve cumprir sua promessa de que Salomão seria o seu sucessor. Outra festa se inicia, agora não por causa das iguarias, mas em razão da unção, da consagração do novo rei diante de Deus e do povo.
Do lugar onde Adonias estava ele ouviu o barulho da festa legítima de Salomão e, por isso, os seus convidados fugiram com medo e o deixaram sozinho, não lhe restando opção se não a de pedir clemência a Salomão.
Às vezes não somos convidados para comemorações, as que gostaríamos de ir e também para aquelas pelas quais não temos qualquer interesse. O difícil é quando somos excluídos de lugares onde a nossa presença é a que seria legítima, como era o caso de Salomão. Foi preciso que um homem e uma mulher, em parceria, mudassem o curso dos acontecimentos para que a justiça fosse feita e o reino não fosse tomado pela força.
Há momentos em que é preciso agir com estratégias e lucidez para que a legitimidade prevaleça. Alguns levantam bandeiras querendo coroar tradições, ideias não condizentes com a hermenêutica correta das Escrituras, com a fé que professamos e com a justiça e o amor cristãos. Fazem barulho, envolvem pessoas até bem intencionadas, mas as razões são equivocadas. A exclusão reforça o motivo.
É preciso analisar as comemorações e seus objetivos. É preciso reconhecer quando a unção e a consagração acontecem como resultado do cumprimento da vontade de Deus. É preciso que estejamos nos lugares legítimos cujas pessoas querem agradar a Deus. É preciso que lutem juntos, homens e mulheres, para que os escolhidos e as escolhidas de Deus sejam legitimamente reconhecidos.
Pra Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB 23jun2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
DIA (TAMBÉM) DA PASTORA BATISTA
Desde há alguns anos, o Dia do Pastor, comemorado no meio batista no 2º. domingo de junho, também é o Dia da Pastora. Em julho de 1999, a PIB de Campo Limpo, em SP, consagrava a Pra. Silvia da Silva Nogueira, dando início a um novo momento no ministério batista, agora também composto por mulheres. Logo após vieram as mais antigas pastoras titulares que temos, que são: Terezinha Meirelles, PR, Elisabete Carvalho Teófilo, CE, e Tânia Maria Sobreira,PI.
O pioneirismo das primeiras pastoras consagradas causou muitas reações no meio batista e fora dele, como era de se esperar. Nesta caminhada de quase 14 anos, tomamos conhecimento de outras 149 pastoras que foram consagradas, já excluindo aquelas que saíram da CBB por diversas razões, entre elas a dificuldade de se estabelecerem no ministério devido às resistências culturais. No total, somos hoje 153 pastoras.
Dos estados brasileiros, somente cinco deles não têm pastoras. Não é possível ainda separar por convenção estadual/regional, nos estados que as têm, uma vez que a maioria das pastoras não é filiada à OPBB e por isso os dados são precários. As pastoras, de acordo com as informações que tivemos acesso, estão assim distribuídas: AC, 1; AL, 1; AP, 2; AM, 1; BA, 12; CE, 6, DF, 3; ES, 2; GO, 1;MA, 1;MT, 2; MS, 4; MG, 4; PA, 3; PB, 13; PR, 6; PE, 9; PI, 1; RJ, 43; RO, 1; SC,16; SP, 21; e o território de Fernando de Noronha,1. (Blog da Pastora Zenilda ).
Além dessas pastoras, ainda há um número incalculável de mulheres que atuam pastoralmente em igrejas, não somente no dom, mas em funções eclesiásticas destinadas a pastores e que não foram ainda consagradas. Ou porque elas mesmas não querem enfrentar as dificuldades que isso significa, ou porque suas igrejas esperam a decisão da OPBB ou ainda porque seus líderes, pastores, ou igrejas não acham que isso é necessário e não abrem nenhuma possibilidade para que isso aconteça, diferentemente quando há homens vocacionados nos mesmos locais.
O ministério pastoral feminino nas igrejas batistas da CBB é uma realidade irreversível. Os seminários batistas, como também de todas as outras denominações, preparam as mulheres para o ministério, reconhecendo que Deus as chama também. A resistência é somente ao título de pastoras porque grande parte destas mulheres, na prática, exerce o ministério pastoral nas igrejas. À medida que as barreiras culturais e de gênero forem sendo vencidas nos meios denominacional e eclesiástico, mais mulheres serão consideradas como aptas para o ministério pastoral.
Neste Dia do Pastor, e da Pastora, que o Senhor receba as lágrimas de centenas e centenas de mulheres, do passado e do presente, que ofereceram suas vidas em sacrifício vivo, e muitas vezes as suas reputações e comodidades, em resposta ao amor de Deus, revelado em Cristo Jesus. Que a estrada pioneira que todas as pastoras têm trilhado seja um espaço por onde, nos anos vindouros, milhares de outras mulheres possam percorrer com coragem e determinação. E isso será bem mais possível se, nos dias de hoje, as igrejas e as instituições trilharem um caminho de justiça e equidade.
(Publicado em OJB, Pra. Zenilda Reggiani Cintra, 09jun2013)
O pioneirismo das primeiras pastoras consagradas causou muitas reações no meio batista e fora dele, como era de se esperar. Nesta caminhada de quase 14 anos, tomamos conhecimento de outras 149 pastoras que foram consagradas, já excluindo aquelas que saíram da CBB por diversas razões, entre elas a dificuldade de se estabelecerem no ministério devido às resistências culturais. No total, somos hoje 153 pastoras.
Dos estados brasileiros, somente cinco deles não têm pastoras. Não é possível ainda separar por convenção estadual/regional, nos estados que as têm, uma vez que a maioria das pastoras não é filiada à OPBB e por isso os dados são precários. As pastoras, de acordo com as informações que tivemos acesso, estão assim distribuídas: AC, 1; AL, 1; AP, 2; AM, 1; BA, 12; CE, 6, DF, 3; ES, 2; GO, 1;MA, 1;MT, 2; MS, 4; MG, 4; PA, 3; PB, 13; PR, 6; PE, 9; PI, 1; RJ, 43; RO, 1; SC,16; SP, 21; e o território de Fernando de Noronha,1. (Blog da Pastora Zenilda ).
Além dessas pastoras, ainda há um número incalculável de mulheres que atuam pastoralmente em igrejas, não somente no dom, mas em funções eclesiásticas destinadas a pastores e que não foram ainda consagradas. Ou porque elas mesmas não querem enfrentar as dificuldades que isso significa, ou porque suas igrejas esperam a decisão da OPBB ou ainda porque seus líderes, pastores, ou igrejas não acham que isso é necessário e não abrem nenhuma possibilidade para que isso aconteça, diferentemente quando há homens vocacionados nos mesmos locais.
O ministério pastoral feminino nas igrejas batistas da CBB é uma realidade irreversível. Os seminários batistas, como também de todas as outras denominações, preparam as mulheres para o ministério, reconhecendo que Deus as chama também. A resistência é somente ao título de pastoras porque grande parte destas mulheres, na prática, exerce o ministério pastoral nas igrejas. À medida que as barreiras culturais e de gênero forem sendo vencidas nos meios denominacional e eclesiástico, mais mulheres serão consideradas como aptas para o ministério pastoral.
Neste Dia do Pastor, e da Pastora, que o Senhor receba as lágrimas de centenas e centenas de mulheres, do passado e do presente, que ofereceram suas vidas em sacrifício vivo, e muitas vezes as suas reputações e comodidades, em resposta ao amor de Deus, revelado em Cristo Jesus. Que a estrada pioneira que todas as pastoras têm trilhado seja um espaço por onde, nos anos vindouros, milhares de outras mulheres possam percorrer com coragem e determinação. E isso será bem mais possível se, nos dias de hoje, as igrejas e as instituições trilharem um caminho de justiça e equidade.
(Publicado em OJB, Pra. Zenilda Reggiani Cintra, 09jun2013)
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quarta-feira, 22 de maio de 2013
MINISTÉRIO DE MULHERES - OUTRAS SUGESTÕES DE PROJETO
Retiro de Mulheres Igreja Batista Esperança, Taguatinga, DF. |
Visão: Levar cada mulher a aperfeiçoar-se
espiritual, física, profissional, social e emocionalmente, a estar envolvida em
um grupo de pastoreio mútuo, a capacitar-se para o serviço voluntário na igreja
de acordo com os seus dons e a interessar-se e agir em favor de outras mulheres
que sofrem.
Missão: Alcançar as mulheres de todas as
idades com um ministério relevante, que atenda as suas necessidades pessoais
dentro da compreensão dos propósitos de Deus.
A ideia é ter um Ministério de Mulheres e, na composição dele, ter os diversos projetos mencionados aqui ou outros, logicamente dependendo do tamanho da igreja.
Mulheres Cristãs em Ação (ou outra
organização denominacional dependendo da filiação da igreja) - Ligada à União Feminina Missionária Batista do Brasil, a MCA tem como
ênfase maior a contribuição para a obra missionária local, nacional e mundial.
Essa ênfase envolve sustento, promoção e formação do coração missionário e,
acima de tudo, intercessão. Visitas a bebês, enfermos, idosos e instituições
solidárias são expressões de serviço. Como organizações- filhas, as Jovens
Cristãs em Ação, Mensageiras do Rei e Amigos de Missões estão inseridas de modo
muito participativo nesse propósito (A UFMBB tem um material muito bom para trabalho com mulheres).
Projeto Mulher de Pastoreio Mútuo- Crendo que é possível viver com qualidade de vida divina em todas as
dimensões do ser mulher, voluntárias da Igreja unem-se numa caminhada
intencional com ações que visam o pastoreio mútuo. Cultos periódicos e grupos
de pastoreio.
Mães Intercessoras: Ninguém Ora Como uma Mãe – ligado a
alguma organização indenominacional ou não, o grupo é formado por mães intercessoras, biológicas,
adotivas ou espirituais comprometidas a orar diariamente por seus filhos e pela
nova geração tanto da igreja quanto da comunidade e pelos jovens.
Deve haver também oração pelas crianças,juniores, adolescentes e jovens ao redor do mundo.
Deve haver também oração pelas crianças,juniores, adolescentes e jovens ao redor do mundo.
Pastoras, Esposas de Pastor e Ministras e Esposas
de Ministros – reúnem-se periodicamente para orar pela igreja, pelo ministério
pastoral, suas famílias e desenvolver os laços de companheirismo e amizade.
Congressos, Retiros, Chás, Acampamentos e
outros eventos de Mulheres - Um tempo especial para cada mulher se distanciar
das atividades do dia-a-dia, renovar a mente e o espírito, um tempo de
compartilhar experiências, de fazer novas amizades, de se divertir, de aprender
e, acima de tudo, ter comunhão com Deus, Esse grupo será responsável por
Congressos, Retiros, Chás, Acampamentos, Atividades para datas especiais como
Consciência Rosa (outubro), Dia Internacional da Mulher e etc.
Grupos de Apoio – Mães de Primeira Viagem, Depressão, Apoio à
Dependentes Químicas, Violência Doméstica, etc.
Mulheres Jovens Casadas - Para
mulheres com até 10 anos de casamento e
35 anos,visando tratar de assuntos pertinentes a esta fase para crescimento
espiritual, comunhão e pastoreio mútuo.
(As idéias foram compiladas de diversos ministérios de amigas e de experiências pessoais em igrejas. Ver também MINISTÉRIO DE MULHERES - PROJETO)
(As idéias foram compiladas de diversos ministérios de amigas e de experiências pessoais em igrejas. Ver também MINISTÉRIO DE MULHERES - PROJETO)
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sábado, 4 de maio de 2013
DEZ SUGESTÕES PARA O MINISTÉRIO DA TERCEIRA IDADE NA IGREJA
2) Aprenda tudo sobre o Estatuto do Idoso, ensine às famílias os seus direitos e cobrem juntos das autoridades públicas o cumprimento da lei. Por exemplo, especialize-se na orientação às famílias sobre como obter seus direitos a atendimento médico e hospitalar tanto pelo SUS (rede pública) quanto nos planos de saúde. Leia tudo que puder e consulte especialistas. Lembre-se também do direito à alimentação. E procure entender o máximo de benefícios de aposentadoria e pensão, e de como ajudar o idoso a legitimamente conquistá-los. Sempre com o objetivo de saber como aconselhar as pessoas para fazerem valer seus direitos.
3) Desenvolva campanhas de conscientização para ajudar pessoas a identificarem e denunciarem violência e maus-tratos contra a pessoa idosa, e encaminharem as vítimas ao caminho da superação dos traumas.
4) Estimule a todos que convivem com idosos, e às próprias pessoas desta faixa etária, a promoverem a independência e a auto-estima desses indivíduos. Reflita sobre a Declaração dos Princípios para os Idosos das Nações Unidas (ONU), de 1982: I – Independência: os idosos devem ter acesso à comida, abrigo e cuidados médicos e ter oportunidade de trabalho e estudo na velhice; II – Participação: os idosos precisam permanecer integrados à sociedade; III – Bem-estar: os idosos precisam da proteção da sociedade e de contar com os serviços legais, como de assistência social e saúde; IV – Desenvolvimento: criar condições para que os idosos tenham acesso a recursos educacionais, culturais, religiosos e de recreação; V – Dignidade: os idosos necessitam da garantia de viver dignamente e em segurança, livres de explorações, discriminação e maus tratos.
5) Convide especialistas para palestras sobre as transformações físicas e emocionais que costumam atingir progressivamente as pessoas após os 60 anos. Ensine noções de cuidado no asseio cotidiano, nutrição e alimentação da pessoa idosa, chame a atenção para os perigos das quedas e outros tipos de acidentes.
6) Fale da importância da espiritualidade e da religiosidade. Exponha preceitos bíblicos que conduzem a um envelhecimento saudável.
7) Acompanhe e auxilie de perto os filhos no cuidado com os pais em sua velhice. Como diz Marleth Silva no Manual do Cuidador da Pessoa Idosa: “Muitos brasileiros estão enfrentando sozinhos as dificuldades trazidas pela velhice dos pais. Este isolamento tem um preço alto: por desconhecerem a realidade comum a todos os cuidadores, sofrem por coisas que não deveriam fazê-los sofrer. É um mundo de dor solitária e desnecessária”.
8) Preocupe-se com as questões de acesso, inclusive aos ambientes de oração e estudo bíblico. Lembrando, por exemplo, que escadas demais atrapalham. Ofereça um serviço de transporte gratuito para levá-los à igreja e de volta pra casa, assim como esteja disponível para socorrer numa emergência de saúde ou em outro tipo de necessidade especial. Visite pacientes e apóie regularmente abrigos, clínicas e hospitais geriátricos. E também é fundamental facilitar o acesso na questão educacional. Sempre procure currículos, metodologias e material didático e programas de educação cristã adequados aos idosos. Exemplo: publicações que facilitem a leitura, considerando a natural redução da capacidade visual.
9) Ensine a usar o computador através de cursos especiais para idosos. É preciso integrá-los cada vez mais à vida moderna.
10) Lembre aos filhos e netos o mandamento bíblico de “honrar pai e mãe”, fale da importância de respeitar os mais velhos e de dar ouvidos à sua sabedoria.
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domingo, 31 de março de 2013
PÁSCOA - LUZ NA ESCURIDÃO
Havia
trevas sobre a face do abismo
E em seu nome se pregasse o arrependimento
e a remissão dos pecados,
em todas as nações.
Tudo foi escrito para que creiais
que Jesus é o Cristo.
Pois quem o segue não andará em trevas,
Porque ele é a luz do mundo.
(Zenilda Reggiani Cintra - Publicado em OJB - 24mar13 - com alterações)
E
disse: haja luz!
No
princípio era Jesus,
E
Jesus estava com Deus,
E
Jesus era Deus.
Todas
as coisas foram feitas por Jesus
E
sem Jesus nada do que foi feito se fez.
Em
Jesus estava a vida
que
resplandece nas trevas.
O
povo que andava em trevas
viu
uma grande luz,
Porque
Jesus se fez carne
e
habitou entre nós.
Deus
nunca foi visto por ninguém,
Mas
foi revelado por Jesus.
e
todos quantos o receberem
deu-lhes
o poder
de
serem feitos filhos de Deus.
Houve
trevas em toda a terra,
escurecendo-se
o sol;
Quando
o Cordeiro de Deus,
Que
tira o pecado do mundo,
Foi
ferido pelas nossas transgressões
E
moido por nossas iniquidades.
Quando clamou em alta voz:
Pai,
nas tuas mãos entrego o meu espírito.
E
expirou.
No
domingo, ao despontar da luz,
as
mulheres foram ao sepulcro.
A
pedra estava revolvida
E
não acharam o seu corpo.
Dois
anjos disseram:
Por
que o buscais entre os mortos?
Não
está aqui, mas ressuscitou.
Ide
e anunciai.
E
Jesus se apresentou e disse-lhes:
Paz
seja convosco!
Mulher,
por que choras?
Não
temais.
O
néscios, e tardos de coração
para
crer nos profetas!
padecesse
estas coisas
e
entrasse na sua glória?
E
os discípulos disseram:
Fica
conosco, porque já é tarde,
e
a noite chegou.
E
ele, tomando o pão, o deu a eles,
Que então o conheceram
e Jesus desapareceu.
e Jesus desapareceu.
E
disseram um para o outro:
Porventura
não ardia em nós o nosso coração
quando
no caminho nos abria as Escrituras?
Era
necessário que o Cristo padecesse.
e
ressuscitasse dentre os mortosE em seu nome se pregasse o arrependimento
e a remissão dos pecados,
em todas as nações.
Tudo foi escrito para que creiais
que Jesus é o Cristo.
Pois quem o segue não andará em trevas,
Porque ele é a luz do mundo.
(Zenilda Reggiani Cintra - Publicado em OJB - 24mar13 - com alterações)
quinta-feira, 7 de março de 2013
O SOFRIMENTO FEMININO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER
A premiação do Oscar para o filme As Aventuras de Pi, na categoria de Melhor Trilha Sonora, fez-me recordar da jovem indiana de 23 anos que morreu, no final de dezembro de 2012, como vítima de estupro. Ela voltava para casa com o namorado depois de assistir esse filme em um Shopping de Nova Delhi, quando tomaram um ônibus e os seis homens que estavam no veículo estupraram e torturaram a mulher de maneira brutal. Eles espancaram também o namorado e jogaram os dois fora do veículo em movimento, deixando-a à beira da morte. Jyoti Singh Pandey morreu 13 dias depois com falência múltipla dos órgãos.
O que esse fato tem a ver com o Dia Internacional da Mulher? O dia 08 de março, desde a sua origem, é uma data para chamar atenção sobre os direitos e a defesa da mulher diante da violência e discriminação que tem como raiz a desvalorização do sexo feminino. A ONU também abraçou a data com o objetivo de levar a sociedade a refletir sobre as formas de enfrentar as desigualdades de gênero. Os governantes e sociedades são pressionados a elaborarem políticas públicas anti-discriminatórias, além de promover ações para a conquista da cidadania plena das mulheres.
A violência sofrida pela jovem indiana reflete a cumplicidade de uma cultura que acredita que uma mulher andar na rua significa que ela está pedindo para ser estuprada. Esse é um tema doloroso pela violência do ato, pela desumanidade do agressor, pela violação extrema do corpo, pela dor psicológica e pelo medo de uma gravidez, uma doença e do julgamento social. E também, em muitas ocasiões, pelo descaso da polícia e da sociedade, que vitimiza a mulher ao não acreditar nela, ao dizer que ela 'facilitou' o ataque pela sua roupa 'indecente', por ter andado numa rua deserta ou ter aberto a porta para aquele conhecido em quem confiava e que a atacou.
O estupro é apenas um dos problemas que as mulheres enfrentam. Há ainda muitos outros como, por exemplo, em pleno século XXI, mulheres sofrerem a mutilação genital, uma prática cultural de alguns países africanos, que causa marcas e sofrimentos permanentes, físicos e psicológicos. Impedir que mulheres tenham acesso à educação e vida profissional é outra realidade enfrentada por mulheres e que veio à tona, mais uma vez, com a divulgação da violência sofrida pela adolescente paquistanesa de 15 anos, Malala Yousufzai, em outubro passado, que levou um tiro na cabeça que deformou o seu rosto por defender o direito à educação para mulheres.
Esses sofrimentos femininos estão muito mais perto de nós que às vezes possamos pensar. Podemos ainda mencionar o tráfico de mulheres para a prostituição, a imposição de casamentos, os salários injustos e a exploração sexual de meninas. Outro flagelo é o sequestro para casamento e trabalho escravo de jovens mulheres em países hoje afetados pela restrição da natalidade há alguns anos atrás e que levou muitos casais a abortarem meninas. E são tantas, tantas outras violências morais, físicas, psicológicas e religiosas, muitas vezes inomináveis, frutos do preconceito e da desvalorização da mulher como ser humano.
Como povo de Deus, não podemos ficar indiferentes ao que acontece com as mulheres. Comemorar esse dia significa refletir a respeito do valor que Deus atribui a cada mulher, rever nossos conceitos e a hermenêutica dos textos bíblicos, muitos deles ainda interpretados à luz dos mais tristes preconceitos culturais contra a mulher, confortáveis para aqueles que usufruem do poder nos mais diversos contextos ou para aqueles que são subservientes a ele. Seria uma ocasião própria para que nossos seminários, por exemplo, promovessem eventos teológicos para examinar esta questão da mulher sob diferentes óticas e não apenas para reforçar conceitos defasados e oportunistas.
Essa data também oferece uma oportunidade singular de intercessão, de cobrir as mulheres do mundo com oração, de olhar para as que sofrem como resultado dos preconceitos culturais para os quais estaríamos irremediavelmente condenados, não fosse Jesus Cristo, o seu amor e a sua cruz. Também é uma oportunidade de ação, sob a autoridade do Mestre, que diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que... enviou-me para proclamar libertação aos cativos... para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Luc. 4.18,19).
(Pra. Zenilda Reggiani Cintra, publicado em O Jornal Batista, 10março2013)
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
NATAL - SEMPRE NATAL E LOUVOR
Natal sempre é Natal, a gratidão a Deus pelo nascimento do seu Filho amado.
Não importa se ele não nasceu mesmo em dezembro ou que fizeram um grande
comércio em torno da data. O que importa, mesmo, é o louvor dos nossos
corações, não esquecendo também que se torna uma ocasião tão especial para
estarmos juntos em família, renovando nossos contatos e nossa comunhão.
Tenho muita compaixão quando ouço pessoas dizerem que não gostam do Natal
porque relembram da infância, queridos que se foram e situações que resultaram
em trauma. É muito comum ouvirmos essas considerações de mulheres que enumeram
os motivos que não gostam do Natal. Ou ainda de pessoas sozinhas que se
recusam, ou não encontram forças, para viver as alegrias do Natal.
Gosto do Natal. Amo o Natal. Porque Natal é Jesus. Não importam as
circunstâncias em que estou envolvida a cada ano porque o motivo real da festa
é Jesus, que continua sendo o Salvador amado, aquele que se fez um pequeno bebê
em Belém, enchendo de ternura o nosso coração e permitindo-nos identificar-nos
com sua trajetória. História capaz de tornar nossos Natais, quer em casa quer
nas igrejas, cheios de alegria por ver nossas crianças também louvando a Deus
pelo pequeno bebê, o grande Deus Salvador.
Quando
era criança, nossos Natais eram cercados de grande emoção. Era difícil o dia 24
não chover e lá íamos nós, com as roupas e calçados novos, na chuva. O último
trecho para chegar à igreja era de terra e havia muita lama. Ficávamos
descalços e quando chegavámos, eu e meus irmãos, lavávamos os pés e colocávamos
novamente os sapatos. E tudo era festa! Os enfeites, a árvore, os
cânticos, a peça teatral, as poesias e,
no fim, os doces para todas as crianças. Que maravilha! Tudo sem muitos
recursos, sem pompa e circunstância, mas com o foco bem centrado naquele que
adorávamos: o Deus nascido entre nós.
Talvez
seja por esse legado, com o foco tão bem definido, que gosto do Natal. E as
gerações se sucedem e nos empenhamos em que elas também percebam e saibam o
verdadeiro motivo do Natal, aquele que deve nos levar a ter o coração
cheio de alegria e louvor: o Deus conosco,
o Rei Jesus.
(Pra. Zenilda Reggiani Cintra. Publicado em OJB 23dezembro12)
(Pra. Zenilda Reggiani Cintra. Publicado em OJB 23dezembro12)
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PÁSCOA - E AS MULHERES TAMBÉM!
Como é bom perceber a presença das mulheres no clímax da missão de Jesus aqui na terra! Lucas, de uma maneira singular, intercala a narração do julgamento, morte e ressurreição de Jesus, pontuando a presença e a ação das mulheres. Não são mulheres quaisquer, mas aquelas que acompanhavam Jesus desde a Galiléia (23.49): Maria Madalena, liberta de Satanás (Mar 16.9); Joana, curada de uma enfermidade (8.2); Maria de Cleopas e algumas outras. João cita ainda a presença da mãe de Jesus (19.25).
Tento imaginar como foi para cada uma delas, com toda a sensibilidade feminina, estar lá e testemunhar, em primeira mão, o sofrimento do Mestre amado. Mesmo em meio a tanta tristeza, elas deixaram evidentes algumas características próprias das mulheres, que tanto abençoam o Reino de Deus.
Primeiro, elas observaram. “... e as mulheres que também o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas” (Luc 23.49). Depois, acompanharam o seu corpo quando foi levado: “E as mulheres também seguiram e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo” (Luc 23.55).
Todos nós sabemos o final. Sabemos que Cristo ressuscitou dentre os mortos, mas a ressurreição não tinha acontecido ainda e a dor destas mulheres era esmagadora. Podemos imaginar que, nas suas mentes, os sons e as imagens da crucificação pesavam fortemente. Elas tinham visto e ouvido tudo. As últimas palavras de Cristo, “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Luc 23.46), ainda ecoavam em seus ouvidos.
Em segundo lugar, estas mulheres agiram (23.56). Elas prepararam as especiarias e o que era necessário para embalsamar o corpo do Senhor. Deixaram passar o sábado e no domingo pela manhã foram ao sepulcro. Mas as circunstâncias mudaram seus planos. O verso 24.4 diz que elas ficaram “muito perplexas” pois o túmulo estava vazio. Os dois anjos, como elas estavam com medo e curvaram seus rostos para a terra, disseram: “Por que vós buscais a vida entre os mortos? Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Luc 24.5-7).
É maravilhoso o que acontece em seguida: elas não guardam só para si e procuram os discípulos, narrando os acontecimentos, ainda que eles não acreditem nelas, talvez porque eram mulheres. E foi a Maria Madalena que Jesus primeiro apareceu após ressuscitar. Apesar das mulheres terem pouca influência na cultura daquela época e nenhuma autoridade para falar sobre assuntos religiosos, Jesus deu a elas o papel de anunciar a outros a sua ressurreição. Por quê? Talvez Jesus quisesse deixar bem claro que foi pelos pecados das mulheres e dos homens que ele morreu e que ambos têm o mesmo valor para ele.
Faz sentido perceber por que foram as mulheres que demonstraram o seu amor de maneira tão clara e ficaram aos pés da cruz de Cristo e depois acompanhando de perto o seu corpo, enquanto a maioria dos discípulos homens fugiram para salvarem suas vidas. Elas tinham uma dívida de gratidão infinita, a mesma de todas nós. Aleluia!
(Pra. Zenilda Reggiani Cintra. Publicado em OJB 08abril12)
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