segunda-feira, 12 de abril de 2010

BEBÊS



Sarinha, netinha linda dos meus amigos Walter e Tereza.

Foi bonito de ver! Nas reuniões da Convenção Batista Brasileira, em Cuiabá, em janeiro de 2010, mulheres com seus bebês. Na Ordem dos Pastores, discretamente em um dos corredores, uma mãe trocava tranquilamente o seu bebê sobre o carpete, com os devidos cuidados. Em um momento da Assembléia da CBB, outra mãe estendeu um pano em frente a sua cadeira e colocou o seu bebê para dormir no chão enquanto prestava atenção em tudo o que acontecia.

Mulheres têm bebês, crianças que precisam ser alimentadas, trocadas, acalentadas, colocadas para dormir e tantas outras necessidades. Às vezes os pais ajudam e, graças a Deus, esse tipo de pai tem sido cada vez mais comum, mas a carga maior continua com as mulheres. E elas estão em nossas igrejas, congressos, assembléias e demais atividades. É bonito de ver essas mulheres encontrando soluções para estarem ativas e, ao mesmo tempo, com os seus filhos. Certamente havia um lugar para crianças no Centro de Convenções em Cuiabá, mas um fenômeno recente é que as mães, em horários em que não estão trabalhando em empresas, querem estar com seus filhos, especialmente os bebês. Os berçários das igrejas ficam, muitas vezes, como um ponto de apoio onde trocam e amamentam, porque mães querem ficar com seus bebês no colo ou sob seu olhar em carrinhos, bebês-conforto, cadeirinhas, em locais onde isso é possível, e até no chão como nos casos em Cuiabá onde o calor tornava a opção possível.
Em um passado ainda recente, a presença de mulheres com crianças nos mais diversos ambientes, especialmente religiosos, era algo que incomodava. Em algumas denominações até hoje não se veem crianças nos cultos e nem ambientes e atividades próprias para elas porque as próprias mulheres se tornam, em muitas ocasiões, impacientes com as crianças alheias e até com as suas próprias. As igrejas batistas sempre tiveram espaços para crianças, apesar de muitas vezes serem pouco tolerantes com o barulho próprio delas nos cultos.

O mundo mudou. Mães jovens têm solidariedade entre si e paciência renovada com seus próprios bebês e com os de outras mulheres, talvez porque muitas têm seus filhos mais tarde e somente um ou dois. Portanto, é preciso desfrutar dos momentos preciosos de crescimento deles. A mulher com crianças pequenas tem grande parte do seu tempo livre comprometido, mas isso não significa que ela precisa deixar de ser participativa em nossas igrejas e denominação. Para tanto, se faz necessário que haja uma estrutura de apoio e um espaço de tolerância para elas. Muitas vezes excluímos automaticamente aquelas mulheres mais jovens por falta de suporte ou mesmo a recusa em ter a presença de crianças. Quantas vezes uma mulher precisaria estar, ainda que cuidando do seu bebê, em ambientes em que pudesse ter comunhão e crescimento espiritual! 
O riso, o choro, a vozinha de uma criança deveria ser, sempre, um canto de esperança em nossos ouvidos porque elas serão os instrumentos de Deus para o futuro de nossas igrejas e denominação e para o cumprimento do propósito redentor para o mundo.

Pra. Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB, 110410

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