sábado, 26 de dezembro de 2015

NATAL - CULTO EM FAMÍLIA

(Sugestão para um culto em família na noite de Natal, antes da Ceia. 
Com colaboração de Cláudia Renata Lisboa Rosa e Éder Rosa, amigos queridos)

CULTO DE NATAL

·         Motivo do Culto
·         Oração

CÂNTICO: VIM PARA ADORAR-TE (Tim Hughes)
Luz do mundo vieste à terra pra que eu pudesse te ver;
Tua beleza me leva a adorar-te quero contigo viver.
Vim para adorar-te, vim para prostrar-me, vim para dizer que és meu Deus
És totalmente amável, totalmente digno, tão maravilhoso para mim.
Eterno rei, exaltado nas alturas glorioso nos céus
Humilde vieste à terra que criaste e por amor pobre se fez
Vim para adorar-te...
Eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz (6x).

DIRIGENTE 1: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel” (Mateus 2:6).
DIRIGENTE 2 “O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz”(Isaías 9:2).
TODOS: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será:” (Isaías 9:6).
MULHERES:  Maravilhoso Conselheiro,
HOMENS: Deus Forte,
JOVENS: Pai da Eternidade,
TODOS:  Príncipe da Paz.
CASAIS: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco”(Mateus 1:23).

HINO 28 CC – ALERTA, Ó TERRA ENTOA
Alerta, ó terra, entoa! O canto que ressoa;
O mundo pecador tem grande sorte e boa.
A nova se vos dá, e quão alegre soa: Nasceu o Redentor!
Nasceu o Redentor! Nasceu o Redentor! O eterno Pai do céu seu Filho ao mundo deu.
Alerta, ó terra, entoa a nova alegre e boa: Nasceu o Redentor
!
Ó povos, exultai, nações, ó jubilai, Eis finda toda dor jamais se dá um ai;
A virgem deu a luz, a Deus glorificai: Nasceu o Redentor!

DIRIGENTE 1: “Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria” (Lucas 2:1-2).
DIRIGENTE 2: “E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi” (Lucas 2:3-4).
TODOS: “e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2:7).

HINO No. 31 CC– LUGAR PARA CRISTO
Tu deixaste Jesus, o teu reino de luz, e baixaste a este mundo tão vil;
Um presépio em Belém, Tu, Jesus, sumo Bem, escolheste por berço infantil.
Vem, Jesus, habitar comigo, em minha alma há lugar; ó vem já!
Vem Jesus habitar comigo, em minha alma há lugar; ó vem já!
Outra vez Tu virás, e por mim chamarás, rodeado dos anjos de Deus;
Oh! que gozo pra mim, se disseres assim: "Um lugar te darei Eu nos céus".

MULHERES: “Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor” (Lucas 2:8-9).
HOMENS: “O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:10-11).
JOVENS E CRIANÇAS: “E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura” (Lucas 2:12).
TODOS: “Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade” (Lucas 2:13-14).

Devocional: Valter Reggiani

HINO 104 HCC- SURGEM ANJOS PROCLAMANDO
Surgem anjos proclamando, Paz na Terra, e a Deus, louvor.
Vão seus hinos ecoando, nas montanhas, ao redor.
CORO: Glória, glória a Deus nas alturas! Glória, glória a Deus nas alturas!
Vão-se alegres os pastores,  ver o Infante celestial,
E acrescentam seus louvores ao louvor angelical.
Glória, glória...
Povos, tribos, celebrai-o ! "Glória a Deus", também dizei.
De joelhos adorai-o; ele é o Cristo, o grande Rei!

MOTIVOS DE LOUVOR E PEDIDOS
PERÍODO DE ORAÇÃO

TODOS: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Cântico: O NOME DE JESUS (Adhemar de Campos)
O Nome de Jesus é poderoso, o nome de Jesus é sobre todos,
Nome mais doce, nome mais lindo, nome sublime é o nome de Jesus!

O Nome de Jesus levanta os mortos, o nome de Jesus sara os feridos,
Nome mais santo, nome mais puro, nome bendito é o nome de Jesus.

Momentos de abraços e felicitações

sábado, 5 de dezembro de 2015

OS SETE SINAIS DA MATURIDADE EMOCIONAL

Do Blog A Mente Maravilhosa (http://amenteemaravilhosa.com/os-sete-sinais-da-maturidade-emocional/)





Os sete sinais da maturidade emocional
“Maturidade emocional é perceber que não tenho necessidade de culpar ou julgar ninguém pelo que acontece comigo”
Anthony de Mello

Normalmente, a maturidade é associada à idade e aos anos de experiência de vida cronológica. No entanto, quando se trata de maturidade emocional, a idade pode ter pouco a ver com isso. Muitas vezes a maturidade física chega antes da maturidade emocional.


Amadurecer significa entender que não existe amor maior do que o amor próprio, aprender e aceitar o que a vida nos apresenta e seguir adiante.

A maturidade emocional não surge do nada; exige trabalho, esforço, boa vontade e o desejo de olhar para dentro e se conhecer melhor, com a cabeça e o coração em perfeita sintonia. Amadurecer significa encarar a realidade como ela é, muitas vezes bem mais dolorosa do que gostaríamos.

Aqui estão sete características das pessoas emocionalmente maduras.

1- Saber dizer adeus é maturidade emocional

A maioria de nós sente muito medo, principalmente quando se trata de soltar as amarras e deixar a vida fluir.

Pensar que o passado foi melhor é muito doloroso; nos impede de soltar e deixar ir.

As pessoas emocionalmente maduras sabem que a vida fica muito melhor quando é vivida em liberdade. Então, deixam ir o que não lhes pertence, porque entendem que ficar preso ao passado nos impede de fechar ciclos e curar nossas feridas emocionais.




2- Conseguem olhar para o seu passado emocional sem dor

Limpar a dor do nosso passado é absolutamente necessário para avançarmos em nosso caminho emocional. As ervas daninhas crescem rapidamente; se não limparmos nosso caminho, não veremos o que está próximo.

As pessoas emocionalmente maduras sabem da importância de viver no presente, superando e aceitando o que passou. O que aconteceu, já aconteceu; não podemos mudar. Aprenda com os erros e siga em frente.

Se perdermos o contato com o nosso interior, não nos afastamos dele, mas permitimos que o negativo do nosso passado interfira na nossa vida presente. Isso é muito doloroso.

“É por esse motivo que, quando tivermos aprendido o suficiente sobre a nossa dor, perderemos o medo de olhar para dentro e curaremos nosso passado emocional para avançar mais um passo na vida”.

3- Têm consciência do que pensam e sabem

A maturidade emocional nos ajuda a entender melhor nossos próprios sentimentos e os dos demais. As pessoas emocionalmente maduras se esforçam para escrever e pensar sobre as suas opiniões ou sobre como se sentem.

“Amadurecer é ter cuidado com o que diz, respeitar o que ouve e meditar sobre o que pensa”.

A clareza mental das pessoas maduras contrasta com a preguiça e o caos mental das pessoas imaturas. Portanto, a maturidade emocional ajuda a resolver problemas cotidianos de forma eficaz.




4- Não reclamam de nada

Parar de reclamar é a melhor maneira de promover mudanças.

As queixas podem nos aprisionar em labirintos sem saída. As pessoas emocionalmente maduras já aprenderam que somos o que pensamos. Se você agir mais e reclamar menos, significa que está crescendo emocionalmente.

Quer viver infeliz? Reclame de tudo e de todos.

5- Conseguem ser empáticas, sem se deixar influenciar pelas emoções alheias

As pessoas emocionalmente maduras têm respeito por si mesmas e pelos outros. Têm habilidade para se relacionar da melhor forma possível com os demais; sabem ouvir, falar e trocar informações. Aprenderam a olhar de forma generosa para o outro; todos nós temos valores diferentes, mas queremos ser aceitos e felizes.




6- Não se castigam pelos seus erros

Aprendemos com os nossos erros; falhar nos permite enxergar os caminhos que não devemos seguir.

As pessoas maduras não se punem por possuírem limitações, simplesmente as aceitam e tentam melhorar. Sabem que nem sempre tudo acontece como queremos, mas cada erro é uma boa oportunidade para o crescimento pessoal.

7- Aprenderam a se abrir emocionalmente

As couraças emocionais  pertencem ao passado. É muito importante ter comprometimento, amor, autoconfiança e acreditar nas pessoas. Não seja perfeccionista e nem espere a perfeição dos outros. Esqueça as desavenças e perdoe, inclusive a você mesmo.

“Desfrute do tempo compartilhado da mesma forma que desfruta do tempo sozinho”.

Maturidade emocional é assumir o controle da sua vida, ter sua própria visão de mundo e ambição para a sucesso. Ao desenvolver a maturidade emocional a vida torna-se um prazer, e não uma obrigação.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

NATAL - À ESPERA DO PERDÃO




Zenilda Reggiani Cintra

“Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era já avançada em idade, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade; e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, mas adorava a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegando ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (Lucas 2.36-38).

Ana, cujo nome significa graça, favor, era da tribo de Aser, que significa felicidade.  Entre os personagens do Natal, dificilmente ouvimos falar nela, que era profetisa. Depois que seu marido morreu, ela tinha se dedicado ao jejum e oração no templo,  servindo a Deus noite e dia. Ela estava olhando para frente, à espera daquele que traria o perdão para ela e para o seu povo e quando viu o menino falou a respeito dele para os que esperavam a redenção.

A palavra redenção, redimir, significa “comprar os direitos”. O termo era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. Jesus pagou o preço da nossa libertação do pecado (Mateus 20:28; 1 Timóteo 2:6). 

Sua morte foi uma troca por nossa vida. Deus, por meio de Jesus,  comprou nossa liberdade e não somos mais escravos do pecado ou da lei do Velho Testamento.

Os privilégios de redenção incluem vida eterna (Apocalipse 5.9-10), perdão dos pecados (Efésios 1.7), justiça (Romanos 5.17), liberdade da maldição do pecado (Gálatas 3.13), adoção à família de Deus (Gálatas 4.5), libertação do domínio do pecado (Tito 2.14; 1 Pedro 1.14-18), paz com Deus (Colossenses 1.18-20) e a habitação do Espírito Santo na vida do Cristão (1 Coríntios 6.19-20). Ser redimido, então, é ser perdoado, santo, justificado, abençoado, livre, adotado e reconciliado.

O que você está esperando para este Natal?  

Você é atormentado pela culpa por causa de algo que fez ou a forma como tem vivido? Você se sente como se estivesse preso em um padrão de pecado do qual não pode sair? É impressionante a carga de culpa, falsa ou real, que carregamos imposta por nós mesmos, pelos nossos pecados, pelos religiosos ou por satanás, o acusador.


Que pelo Espírito Santo, por sua graça e favor, possamos receber o perdão e desfrutarmos da felicidade de sermos livres da condenação porque o Messias, o Redentor, já nasceu.

NATAL - À ESPERA DE CONSOLO

“Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este
homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele” (Lucas 2.25).

Zenilda Reggiani Cintra
Quando pequena meus pais foram comprar nossos presentes de Natal, meu e de meus quatro irmãos. Ele mandou a gente dormir porque à noite haveria o culto na igreja e foi com minha mãe comprar bonecas e carrinhos. Nossa expectativa era tão grande que pulamos a janela e toda a hora íamos ao portão para ver se eles estavam chegando. Acontece que ele nos viu de longe e então todo mundo foi para o castigo. Mas isso não diminuiu nossas expectativas e no outro dia ganhamos nossos presentes. Que espera difícil e dolorosa!

O que você está esperando para este Natal? Tem saudade de alguma coisa? O que você está esperando receber? Você não espera nada de especial neste Natal?

Em Lucas 2, nos deparamos com Simeão,  um homem justo e piedoso. Ele vivia em meio a um povo para o qual Deus havia se calado, que estava sob o domínio romano e esperava com muita ansiedade a chegada do Salvador prometido. Simeão tinha uma boa razão para a sua esperança: "É que tinha sido revelado a ele pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor” (v.26).  A expectativa de Simeão estava focada no consolo que a vida e ministério de Cristo trariam. Entre os judeus dos dias de Simeão, um dos títulos mais populares do Messias era Consolador.

O desejo de ser consolado é uma necessidade humana universal. Todos nós lutamos com a solidão, o vazio, a insegurança e muitas vezes o desespero. Alguns não suportam as lembranças de dias que se foram, a saudade de pessoas queridas, as frustrações familiares e a falta de esperança.  

O Natal é uma época do ano com maiores índices de depressão e suicídio.  Você se sente sozinho, vazio e com medo?  Você precisa de conforto? Você precisa de um novo sentido da presença de Deus?

Jesus é Emanuel, "Deus Conosco", para fazer tudo certo, para proporcionar significado por sua presença, para eliminar a rejeição, o medo e a solidão. Lucas 2.28  diz que Simeão se abaixou e pegou Jesus dos braços de Maria e começou a louvar a Deus. Será que podemos nos identificar com  Simeão e nos apropriarmos do consolo do Natal por meio de Jesus?


NÓS NÃO CHORAMOS MAIS (PARTE DOIS)



Adicionar legenda
Zenilda Reggiani Cintra
Há pouco tempo escrevi um texto com o mesmo título, com ênfase de que precisamos nos sensibilizar diante do que acontece com o ser humano, alvo de tanta violência e destruição provocadas pelo maligno. 

Sensibilizarmo-nos, cristãmente falando, é levar nossas emoções diante do Senhor, suplicando sua interferência na história.
Mas é possível também olhar por outro viés, aquele de que precisamos de espaço para chorar, derramar nossas lágrimas e sermos acolhidos simplesmente, não por causa do sofrimento do outro, mas em motivo das nossas próprias dores.

Minha amiga perdeu a sua mãe, depois de uma história cheia de feridas, mas ainda com tempo para restauração e coração livre para perdoar. Em nosso abraço de solidariedade disse que queria me encontrar para simplesmente chorar. E chorou.

Na cerimônia fúnebre antes do sepultamento do meu pai, há alguns anos, a família estava perfilada para os cumprimentos e as minhas lágrimas teimavam em cair. Foi quando alguém passou e me disse: cuidado com o choro; olha o testemunho, hein!

Dia desses, depois de algumas perdas significativas de relacionamentos, eu queria chorar. Acredito que sei o suficiente dos princípios bíblicos de perdão, cuidado e soberania de Deus e outros, mas queria apenas chorar. Impelida a racionalizar, não chorei.

Jesus estava olhando para a cidade de Jerusalém e antevendo o sofrimento do seu povo, chorou. Também diante da morte do seu amigo Lázaro, chorou.


Quero apenas, algumas vezes, simplesmente chorar. E também acolher aqueles que choram.

BUSCA

“Volve-te, pois, para a oração de teu servo, e para a sua súplica, ó SENHOR meu
Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo hoje faz diante de ti” (I Reis 8:28).

A palavra “clamor” neste verso pode ser traduzida por implorar. Entre alguns significados de implorar está 1) pedir com lágrimas ou em tom de súplica chorosa;    2) pedir humildemente a ajuda de; 3) solicitar com insistência.
O desejo intenso de que Deus abençoasse aquela nova etapa da vida do povo, com a construção do templo, fazia com que Salomão se dirigisse ao Senhor todo poderoso com lágrimas, em humildade e insistentemente, traduzindo os sentimentos do seu coração que anelava profundamente pela resposta de Deus.
Na Bíblia,  temos vários exemplos de pessoas que clamaram, entre eles o de Ana, I Sm 1.11-17; e o cego de Jericó, em Mc 10.47-52. Nenhum dos dois se deixou intimidar pelas forças das circunstâncias. Ana, mesmo sendo mal interpretada por Eli, não se ofendeu, mas se entregou totalmente ao seu pedido crendo que seria ouvida. O cego não se deixou intimidar pela multidão, pelo contrário, ele clamava cada vez mais alto, tendo fé que seria ouvido. O resultado é que ambos foram ouvidos. Ana teve o filho desejado e o cego Bartimeu a cura para os seus olhos.
Quanto é que você deseja realmente ser abençoado? A sua oração é rotineira e displicente ou você realmente busca com intensidade de alma, com clamor, o que você deseja de Deus?


Publicado em O Jornal Batista, 15nov2015

Mães e Filhas: O Vínculo que Cura, o Vínculo que Fere

Cada filha leva consigo a sua mãe. É um vínculo eterno do qual nunca poderemos nos desligar. Porque, se algo deve ficar claro, é que sempre teremos algo de nossa mãe.
Para termos saúde e sermos felizes, cada uma de nós deve conhecer de que maneira nossa mãe influenciou nossa história e como continua influenciando. Ela é a que, antes de nascermos, ofereceu nossa primeira experiência de carinho e de sustento. E é através dela que compreendemos o que é ser mulher e como podemos cuidar ou descuidar do nosso corpo.
Nossas células se dividiram e se desenvolveram ao ritmo das batidas do coração; nossa pele, nosso cabelo, coração, pulmões e ossos foram alimentados pelo sangue, sangue que estava cheio de substâncias neuroquímicas formadas como resposta a seus pensamentos, crenças e emoções. Quando sentia medo, ansiedade, nervosismo, ou se sentia muito aborrecida pela gravidez, nosso corpo se inteirou disso; quando se sentia segura, feliz e satisfeita, também notamos.
– Christiane Northrup –
Mães e filhas

O legado que herdamos de nossas mães

“A maior herança de uma mãe para uma filha é ter se curado como mulher”
– Christiane Northrup –
Qualquer mulher, seja ou não seja mãe, leva consigo as consequências da relação que teve com sua progenitora. Se ela transmitiu mensagens positivas sobre seu corpo feminino e sobre a maneira como devemos trabalhá-lo e cuidá-lo, seus ensinamentos sempre irão fazer parte de um guia para a saúde física e emocional.
No entanto, a influência de uma mãe também pode ser problemática quando o papel exercido for tóxico, devido a uma atitude negligenciada, ciumenta, chantagista ou controladora.
Quando conseguimos compreender os efeitos que a criação teve sobre nós, começamos a compreender a nós mesmas, a nos curarmos, e a sermos capazes de assimilar o que pensamos de nosso corpo ou a explorar o que consideramos possível conseguir na vida.

A atenção materna, um nutriente essencial para toda a vida

Quando uma câmera de TV filma alguém do público em algum evento esportivo ou qualquer outro acontecimento… O que as pessoas costumam gritar? “Oi, mãe!”
Quase todos nós temos a necessidade de sermos vistos por nossas mães, buscamos sua aprovação. Na origem, esta dependência obedece às questões biológicas, pois precisamos delas para subexistir durante muitos anos; no entanto, a necessidade de afeto e de aprovação é forjada desde o primeiro minuto, desde que olhamos nossa mãe para sabermos se estamos fazendo algo certo ou se somos merecedores de uma carícia.
Mães e filhas
Assim como indica Northrup, o vínculo mãe-filha está estrategicamente desenhado para ser uma das relações mais positivas, compreensivas e íntimas que teremos na vida. No entanto, isso nem sempre acontece assim…
Com o passar dos anos, esta necessidade de aprovação pode se tornar patológica, gerando obrigações emocionais que propiciam que nossa mãe tenha o poder sobre nosso bem-estar durante quase toda a nossa vida.
O fato de que nossa mãe nos reconheça e nos aceite é um sede que temos que saciar, mesmo que tenhamos que sofrer para conseguir isso.  Isso supõe uma perda de independência e de liberdade que nos apaga e nos transforma.

 Como começar a crescer como mulher e filha?

NÃO PODEMOS ESCAPAR DESSE VÍNCULO, POIS SEJA OU NÃO SAUDÁVEL, SEMPRE ESTARÁ ALI PARA OBSERVAR NOSSO FUTURO.
A decisão de crescer implica limpar as feridas emocionais ou qualquer questão que não tenha sido resolvida na primeira metade de nossa vida. Esta transição não é uma tarefa fácil, pois primeiro temos que detectar quais são as partes da relação materna que requerem solução e cicatrização.
Disso depende nosso senso de valor presente e futuro. Isso acontece porque sempre há uma parte de nós que pensa que devemos nos dar em excesso para a nossa família ou para o nosso parceiro para sermos merecedoras de amor.
A maternidade e, inclusive, o amor de mulher continuam sendo sinônimos culturais na mente coletiva. Isso supõe que nossas necessidades sejam sempre relegadas ao cumprimento ou não das dos demais. Como consequência, não nos dedicamos a cultivar nossa mente de mulher, senão a moldá-la ao gosto da sociedade na qual vivemos.
As expectativas do mundo sobre nós podem ser muito cruéis. De fato, eu diria que constituem um verdadeiro veneno que nos obriga a esquecer nossa individualidade.
Estas são as razões que fazem tão necessária a ruptura da cadeia de dor e cicatrização íntegra de nossos vínculos, ou as lembranças que temos deles. Devemos estar cientes de que estes vínculos se tornaram espirituais há muito tempo e, portanto, cabe a nós fazermos as pazes com eles.
Fonte consultada: Mães e filhas de Christiane Northrup
Texto original em espanhol de Raquel Aldana