sábado, 8 de novembro de 2014

ORAÇÃO: NÓS NÃO CHORAMOS MAIS!

Zenilda Reggiani Cintra
(Texto inspirado em uma ministração de Gedimar Araujo, Lider Nacional do Mapi)

“Dou graças a Deus... ao lembrar-me constantemente de você noite e dia em minhas orações. Lembro-me das suas lágrimas... Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice” (2 Timóteo 1:3-5).

O rapaz foi assassinado ao lado da sua casa, com a própria família como testemunha. Apenas 24 anos! Como amenizar a dor dessa mãe? Outra chora a partida de seu filho de 40 anos, morto quando abria as portas da sua empresa em um dia pela manhã.
E nós não choramos mais.
Cristãos são mortos nos países árabes, pessoas morrem vítimas de bactérias e vírus novos e outros antigos que ressurgem, mulheres são vítimas de estupros usados como estratégias de conflitos, crianças lutam e morrem nas guerras ensandecidas dos adultos.
E nós não choramos mais.
Não sentimos a dor do outro e a levamos a Deus em oração. Nossos olhos se secaram por causa das nossas próprias lutas, porque nos acostumamos com a violência, porque notícias e filmes que mostram as mazelas do mundo confundem nossas mentes e já não distinguimos o que é ficção e o que é realidade.
Nós não choramos mais.
Nossos corações estão endurecidos porque somos já a terceira ou quarta gerações de crentes na família e talvez a fé não fingida de nossos antepassados já se esfriou em nós. O mundo é tão fácil, a vida é tão boa e as bênçãos são tão grandes!
E nós não choramos mais.
Pessoas de nossos relacionamentos e familiares enfrentam problemas de saúde, dificuldades com filhos dependentes químicos, depressão, falta de perspectiva e esperança, solidão e desamparo e ficamos indiferentes como se aquilo não tivesse nada a ver conosco.
E nós não choramos mais.
Ao redor das nossas casas e templos das igrejas, nas cidades, pessoas em desespero e solidão se suicidam, jovens vagam pela noite em busca de sentido para a vida, mulheres e homens se entregam à prostituição e lares são destruídos.
E nós não choramos mais.
Muitas vezes o choro é necessário e é um clamor da alma por uma determinada situação. Na cultura judaica era comum o povo expressar suas emoções através do choro, lamentos, orações e jejum.
Jesus nos dá exemplo de compaixão: "E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela" (Lucas 19.41).

É hora de chorar e clamar até aquele dia na eternidade quando: “Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” (Apocalipse 21.4).

Publicado em O Jornal Batista, 02novembro2014

domingo, 20 de julho de 2014

O JOGO DOS SETE ERROS

Perplexos. Foi assim que nos sentimos diante do inexplicável resultado do jogo da Alemanha: 7x1. Em um primeiro momento ficamos meio catatônicos, assim como aparentemente os jogadores brasileiros após o primeiro gol do time rival, propiciando a chuva de novos gols.

Lembrei-me do jogo dos sete erros com o qual todos nós brincamos quando crianças, ou talvez até hoje como eu, e que nos trazia um mundo lúdico e divertido. Não foi assim desta vez. Por mais inacreditável que fosse, o placar era real e cruel.

Como razões para cada gol que sofremos, há motivos que são apontados: a falta de jogadores mais preparados, esquemas táticos individuais errados, instabilidade emocional dos jogadores, fragilidade do meio-campo, defesa estática, falta de treino e falta de investimento nas categorias de base. Esses são sete erros possíveis na seleção pinçados das muitas críticas divulgadas pelos meios de comunicação.

Os meses que antecederam a Copa foram palco para milhares de pessoas saírem às ruas a fim de protestar a respeito de questões sociais. Saúde, educação, trabalho, segurança, inflação, moradia e corrupção, sete itens entre tantos outros que entraram na pauta. Foi impressionante a adesão do povo brasileiro e esse movimento retardou bastante o entusiasmo pela Copa do Mundo.

Na raiz de todas as questões levantadas nos protestos, e de outras de nossas próprias vidas, estão sete erros que o ser humano pode cometer e que Deus condena: “olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos” (Provérbios 6.16-19).

Que o Senhor nos abençoe e tenhamos atitude para nos livrarmos dos erros: nossos, do governo e da nossa seleção. Que entre o presente e o futuro, em quadros comparativos, possamos ter vidas mais santas, uma nação mais justa e uma seleção muito mais preparada para, enfim, conquistarmos o hexa.

Publicado em OJB 20junho2014

O HINO NACIONAL

Na época da Copa do Mundo, que e-mo-cio-nan-te ouvir o Hino Nacional cantado, uma parte à capela, nas novas arenas esportivas do Brasil. E não só os milhares de pessoas nos jogos, mas também por todo o país, adultos, jovens e crianças se juntando neste coro patriótico motivado pelo futebol e registrado pelas câmeras de tv.

Os hinos nacionais dos países participantes da Copa, legendados em Português, motivaram debates nas redes sociais, especialmente por falarem tanto em derramamento de sangue. Liszt Vieira, Doutor em Sociologia, professor da PUC-Rio, em um trabalho intitulado Morrer pela Pátria? Notas sobre Identidade Nacional, explica que “no caso dos países que travaram guerras de independência nacional, o apelo dos hinos a morrer pela pátria pode ter um duplo sentido: mobilização para a guerra ou homenagem aos soldados que tombaram no campo de batalha”.

No caso do Brasil, a independência em si foi concedida de cima para baixo, mas houve muito derramamento de sangue ao longo três séculos por essa causa e o hino nacional não fugiu do apelo à coragem: “Mas, se ergues da justiça a clava forte,/Verás que um filho teu não foge à luta,/Nem teme, quem te adora, a própria morte”. A história das nações é marcada pelo sacrifício até a morte e é isso que está implícito ou explícito na maioria das canções pátrias.

A história do povo de Deus também é assim, a começar pelo sacrifício de Jesus na Cruz e de homens e mulheres fiéis ao longo da história e em nossos dias, que estiveram e estão dispostos a morrer por sua fé. E este “morrer” significa não somente fisicamente, o que acontece diariamente em muitos países, mas também para os nossos valores, desejos, ações e egoísmo, deixando vir à luz os valores do Reino.


Em assembleias convencionais e igrejas, também é e-mo-cio-nan-te ouvir pessoas de todas as idades cantando aquele que é também o “hino nacional” dos batistas, Minha Pátria para Cristo: “Salve Deus a minha Pátria,/Minha Pátria varonil,/Salve Deus a minha terra,/ Esta terra do Brasil”. E este hino termina com uma referência ao Hino da Independência e é uma metáfora para o desejo que deve estar inflamando os nossos corações: "Brava gente brasileira,/Longe vá temor servil/Ou ficar a Pátria salva,/Ou morrer pelo Brasil”.

Publicado em OJB 13julho2014

terça-feira, 24 de junho de 2014

PREPARO DE MULHERES PARA O MINISTÉRIO - EDUCAÇÃO CRISTÃ MISSIONÁRIA

Este texto é um tributo às instituições da União Feminina Missionária Batista do Brasil que têm se dedicado há mais de 90 anos a formar mulheres chamadas por Deus para o ministério.

O que faz uma jovem do Amazonas viajar para Recife, PE, em 1917, quando os transportes eram tão difíceis, para estudar a Bíblia? O chamado de Deus! Josefa Silva queria habilitar-se para o ministério com crianças. Mas quando chegou à cidade, o Seminário Batista do Norte do Brasil não recebia mulheres. Foi o casal Taylor, missionários pioneiros batistas, quem a acolheu e, juntamente com ela, gradativamente, outras jovens, nascendo assim o Seminário de Educação Cristã, SEC.
No Rio de Janeiro, cinco anos depois, em 1922, nascia o Centro Integrado de Educação e Missões, Ciem, como anexo do Colégio Batista Brasileiro porque o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil também não recebia mulheres.
Já são mais de 90 anos de história de cada uma dessas instituições, mais de 60 deles sob a direção da União Feminina Missionária Batista do Brasil, UFMBB, que as assumiu na década de 1940.
Quando os hoje Ciem e SEC surgiram, nossa República se firmava e o Brasil ainda era rural. Nossas igrejas batistas começavam a usufruir uma certa liberdade para crescimento e os pastores eram poucos. Ao lado dos Seminários no Norte, Sul e Equatorial que formavam os homens, o Ciem e o Sec, formavam mulheres em um ambiente cultural e religioso extremamente machista quando ainda nem se falava em feminismo, como querem alguns interpretar que seja o motivo de mulheres se apresentarem hoje para o ministério.
Acredito que esse "ardor missionario" tão valorizado, com razão, por nossa Denominação, deve-se em grande parte à ênfase em Missões no preparo de centenas de mulheres ao longo dessas décadas e ao trabalho de divulgação missionária e incentivo às vocações e sustento como base do ministério da UFMBB.
Em um dos dias da Assembleia da CBB em Foz do Iguaçu, PR, em janeiro de 2012,  almocei com a diretora do SEC, Profa. Ábia Saldanha Figueirêdo. Emocionei-me ao ouvir suas histórias de luta pela sobrevivência institucional e financeira do SEC nos últimos anos, que também foi atingido pelas crises pelas quais passaram as instituições batistas de preparo teológico e ministerial. Falou-me dos embates ideológicos nos plenários da convenção e do seu empenho de fé e trabalho para a conservação do patrimônio e o preparo daqueles que lá estudam. Diante dela,  fui pensando nas dezenas de mulheres que passaram pela UFMBB, SEC e IBER ao longo dessas décadas, cada uma trilhando o seu caminho de fé, coragem e obediência para que chegássemos até aqui e deixando marcas na sua geração.
Hoje, o Ciem e o SEC preparam homens e mulheres, como também todas as demais instituições da denominação, demonstrando que os tempos são outros e que não é possível mais haver barreiras, tanto para o preparo quanto para o ministério.
Pessoas preparadas por estas instituições são pastores(as), “ministros(as) de educação cristã, ação social, música, crianças e missões; são secretários(as), professores(as) de colégios e universidades. São dirigentes de centros sociais, de creches ou estão liderando os Centros Missionários de nosso país. São missionários(as) da JMN, JMM e nos estados. Muitos(as) estão em outros países pregando o evangelho a toda criatura, enquanto outros(as) estão aqui segurando as cordas e promovendo missões” (site do SEC).

Como aquela menina do Amazonas,  lembro-me do dia em que, atendendo ao chamado de Deus, fui de São Paulo para o Rio de Janeiro, uma caminhada longa para mim, a fim de preparar-me para o ministério e de como essa atitude mudou a minha história. Que outras pessoas vocacionadas, especialmente mulheres desta geração, também tenham a coragem de empreender a sua caminhada de fé, coragem e obediência.

Publicado em OJB 22junho2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

MÃE CRISTÃ - PROGRAMA DO DIA DAS MÃES

Processional
Prelúdio
Entrada das Mães
Leitura Bíblica:  Provérbios 6.20; 23.22; 23.26; Efésios 6.2,3; Salmos 67:1-7

Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe;
Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer;
Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos;
Honra o teu pai e a tua mãe: este é o primeiro mandamento com promessa. Para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra;
Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós
Para que se conheça na terra o teu caminho, e entre todas as nações a tua salvação.
Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.
Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com eqüidade, e governarás as nações sobre a terra,
Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.
Então a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos abençoará.
Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão.”

Oração
Louvor
Intercessão

- Saudação às mães – POEMA

MÃE – AÇÃO E EMOÇÃO
(Zenilda Reggiani Cintra)

O que faz uma mulher ser mãe: ação ou emoção?

No amor, ação e emoção andam juntas
porque amor não é amor até que se transforme em ação.
Então o que faz uma mãe é o amor: ação e emoção.

A ação que faz uma mulher ter um filho, do seu corpo ou do coração,
permeada pela emoção;

A ação de amamentar e acalmar o bebê quando chora,
acalentada pela emoção;

A ação de cuidar de feridas do corpo e da alma,
contendo a emoção;

A ação de relegar projetos e sonhos para um segundo plano,
amadurecendo a emoção;

A ação de conciliar diversas funções simultâneas,
administrando a emoção;

A ação de formar uma rede de apoio com avôs e avós, babás e escolas,
dividindo a emoção;

A ação de cuidar sozinha dos filhos,
fortalecendo a emoção;

A ação de ensinar, orientar, orar e ensinar os filhos a andarem com Deus,
disciplinando a emoção;

A ação de defender os filhos contra as investidas da maldade humana,
guardando a emoção;

A ação de deixar aos filhos as escolhas da vida,
trabalhando a emoção;

A ação de beijar, abraçar, cheirar, seja em que tempo for,
extravasando a emoção;

A ação de receber cuidado e carinho porque os anos se passaram,
vivendo a emoção;

E é assim que uma mãe se faz: em ação e emoção. Em amor.
Porque o amor é a emoção em ação!

- Coreografia

 - Crianças do Berçário no colo dos pais (ou ate 6 anos)  enquanto toca uma música no som (Cada bebê com um coração. Em alguns corações as palavras formando a frase EU AMO A MAMÃE. As crianças maiores podem dizer:  “Eu amo a mamãe porque ela”  AMA, CUIDA, ORA, TRABALHA e outras palavras que podem estar escritas também em corações).      

- Crianças de 7 e 8 anos
(cada uma diz uma frase)

MAMÃE QUERIDA
(extraído e adaptado)

1 - Bem vinda és, mamãe querida!
2 - O dia hoje é todo teu!
3 - A ti devemos a nossa vida,
4 - Supremo dom que vem de Deus

5 - Receba nossa homenagem
6 - Que vem do nosso coração
7 - Você é linda e querida
Todos - E nós te amamos de montão.

- Participação dos Juniores – 9 a 12 anos

Personagens: Seis meninas representando mães com seus respectivos filhinhos (extraído).

1ª. Carinhosa (usando roupa comum) → Mamãe... é aquela que revestida de carinho me enche de beijinhos e me aperta, me aperta tanto que parece querer me guardar dentro do seu peito.

2ª. Ocupada (usando avental e com vassoura na mão) → Mamãe... é aquela que mesmo em meio a tantas tarefas do dia-a-dia, sempre está pronta a me dar toda a atenção.

3ª. A que trabalha fora (usando roupas adequadas com uma pasta na mão) → Mamãe... é aquela que mesmo trabalhando fora, ficando ausente aos meus olhos na maior parte do dia, ela chega em casa sempre ansiosa por um abraço meu.

4ª. Com dois filhos (roupa comum) → Mamãe... é aquela que mesmo precisando dar um pouco mais de atenção ao meu irmãozinho (ou irmãzinha) ela sempre encontra paciência em algum lugar que só ela e Deus sabem e vem brincar comigo.

5ª. Com uma Bíblia nas mãos (senta-se com a criança e mostra-lhe a Bíblia aberta) → Mamãe ... é aquela que revestida de sabedoria, desde cedo me ensina as Escrituras Sagradas, obedecendo ao que diz a mesma: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e quando crescer, não se desviará dele”.

6ª. Com materiais nas mãos (Bíblia, livros, flores, etc.) → Mamãe... é aquela que está atarefada com as atividades da igreja, mas nunca esquece que eu sou prioridade e sempre diz que me ama.
TODOS: Mamãe Querida, muito obrigado pelo seu amor e cuidado!

- Participação Musical

- Jogral: Adolescentes e Jovens

MÃE: UM AMOR PARA SEMPRE
(Zenilda Reggiani Cintra)

1 - Alegria, enjôos, enxoval, ultrassons, expectativa, ansiedade e o amor em cada detalhe do quartinho.
6 - É a mamãe que espera o menino ou menina, uma bênção do Criador.

2 - Choros, amamentação, umbiguinho, pediatra e chocalhos.
5 - É a mamãe que cuida, experimenta, sobressalta-se e às vezes ainda não crê que aquele pequeno bebê é seu!

3 - A primeira Bíblia, historinhas dos heróis e heroínas, a primeira oração.
2 e 4 - É a mamãe que sonha que o seu bebê um dia será um Samuel ou uma Ester, sensível e obediente à voz de Deus.

1 - Mochilinhas, uniformes, diários, recomendações e choros.
5 - É a mamãe que se dá conta que a sua criancinha cresce e começa a tatear o mundo.

6 - Primeiras letras, nomes quase que incompreensíveis, lápis, cadernos, frases pequenas;
1 e 3 - E dentre elas, a mais linda: mamãe amo você!

2 - Excursões, despesas que crescem em meio a livros e materiais sem fim.
6 - E a mãe desdobrando-se para fechar as contas a cada mês.

4 - Ë o tênis esfolado e a camiseta suja da criança que cresce, cheia de energia e criatividade;
5 - É o coração da mãe que se sobressalta a cada nova aventura.

1 - É a mãe confusa na matemática da nova geração, nas equações e textos complicados,
2 e 4 - Mas é a mãe que não desiste de ajudar o filho a aprender.

6 - É o andar desengonçado da menina com o primeiro salto alto e o gel do menino que pela primeira vez faz uma obra de arte no cabelo.
3 e 5 - São os filhos que crescem e querem impressionar alguém que não mais a mamãe.

2 - É a angústia do vestibular, os primeiros dias na Faculdade, o trabalho e o namoro.
1 - E o coração da mãe que espera as horas disponíveis do filho para o carinho e a conversa tão necessários quanto o ar que respira.

5 - É a princesa ou o príncipe que caminha em direção ao altar, seguindo a escolha do coração.
4 e 6 - É a mãe que sente a ausência tão alegre e triste ao mesmo tempo, o vazio do filho que constrói sua própria vida.

3 - É o Deus eterno, tão sábio, que renova o ciclo com os bebês que chegam  com novas alegrias e preocupações.
1 e 2 - É a vovó, a mãe com mel, que se é preciso faz tudo novamente porque o rostinho lindo e o sorriso lembram o seu bebê.

4 - É o tempo que passa, as forças que se vão e os olhos que se enfraquecem.
5 e 6 - É a mãe, agora ela dependente do filho, mas que pelas lentes do tempo sempre o vê como aquela criança, a maior bênção que recebeu do Criador.

1, 3, 5 - Mãe que viverá na vida do filho, na vida de todos nós, abençoados por seu cuidado e exemplo,
2, 4, 6 - A mãe que será, para sempre, a melhor marca humana de amor em nossos corações.
Todos: Mãe,  Deus a abençoe sempre!

- Participação Musical: Coral Crianças
- Mensagem (10 a 15 minutos)
- Oração
- Homenagem (com fundo musical) – Entrega de lembranças
- Bênção Pastoral

Poslúdio

Recessional

segunda-feira, 28 de abril de 2014

PÁSCOA: VAZIOS E PROMESSAS

Zenilda Reggiani Cintra







Isto foi antes, antes da cruz vazia,
Antes do túmulo e da ressurreição.
Tudo era sem sentido e sem esperança,
A cruz era o castigo e o túmulo o fim.
Mas agora é Jesus, o nosso Redentor,
O que era e há de vir.
Quem preenche os vazios,
Com o seu tão grande amor.

A cruz está vazia,
mas cheia de promessas,
De vida e libertação.
Em Cristo somos livres,
da morte e  condenação.
Ele se fez pecado e a si mesmo se deu,
O véu se rompeu e houve escuridão,
Por seu sangue que verteu,
Ele nos trouxe a salvação.

O túmulo está vazio, 
mas cheio de promessas,
Porque tudo recomeça
No encontro com o Pai.
Aleluia, ressurgiu! E não é vã a nossa fé.
Ao Cordeiro que foi morto,
Ao Rei que agora reina
Ao Nome sobre todo o nome,
Toda a honra e toda a glória.

Jesus esvaziou-se,
mas ele é a Promessa,
Do amor do Pai que nos alcança
Com seu amor e a sua graça,
A esperança e o seu perdão.
Vazios de nós mesmos,
do pecado e humilhados,
Com ele também morremos,
E seremos ressuscitados.

(Publicado em O Jornal Batista, 20abril2014)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

CADA UM NO SEU LUGAR

Zenilda Reggiani Cintra
http://caminhosdamulherdedeus.blogspot.com/

Ester havia chegado a um lugar quase impossível: no palácio como rainha. Linda, escolhida em um concurso de beleza, top model do seu tempo, cercada de todo o bem estar e privilégios outorgados pela potência militar da sua época, ela podia exercer o seu papel protegida pelo poder.

Mas havia algo que certamente machucava o seu coração: sua identidade como parte dos judeus, nação estigmatizada naquele reino, estava escondida. Ao mesmo tempo em que esse fato a isentava de ter que prestar contas, possivelmente lhe trazia sobressaltos e também pesar por não poder reconhecer sua família e viver com liberdade os relacionamentos com seus amigos e o seu povo.

Os tempos difíceis chegaram e com eles a ameaça de extinção dos judeus.  E então ela é chamada para cumprir o propósito para o qual Deus lhe havia dado tudo o que tinha. “Para um tempo como este...” (Ester 4.5),  são as palavras que ela ouve e “não para você mesma”.  Que momento difícil! E com a mesma autoridade com a qual é convocada, influencia o rei a autorizar os judeus a lutarem por suas próprias vidas e o seu povo: “Cada um no seu lugar...” (Ester 8.11). Não era ela sozinha, mas todos juntos em ação para que cada um tivesse a sua vitória.

Com características diferentes e em outros contextos, essa história se repete. Quantos de nós estamos em lugares privilegiados neste tempo em que vivemos? Pessoas que têm acesso a recursos, à instituições capazes de exercerem a justiça, que são formadores de opinião e, principalmente, têm autoridade para decidirem ou participarem de decisões que influenciam a vida de muitas pessoas, famílias e igrejas.

Para um tempo como este Deus nos colocou no lugar onde estamos. E cada um no seu lugar. Para percebemos as lutas, as questões pendentes, nos levantarmos com coragem e firmeza para que a justiça aconteça e para não sermos derrotados em decisões urgentes e inadiáveis. 

Se Ester não agisse ativamente naquela hora, socorro e livramento Deus traria de outra parte, mas ela não poderia participar daquele momento com o seu povo,  “o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de festa” (Ester 9.22). 

(Publicado em O Jornal Batista, 04março2014)