segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DESPREZO

Quem já não sentiu um olhar de desprezo? Como uma água suja que nos atinge na rua assim é o olhar que pousa sobre nós muitas vezes em momentos inesperados. As razões podem ser bem diversificadas e tentam justificar o injustificável.

Agar olhou assim para Sara porque ela tinha um filho de Abraão e ela não. Depois, Sara olhou com desprezo para Agar e seu filho Ismael porque ameaçavam a exclusividade da herança de Isaque;
Os povos do deserto desprezaram os israelitas porque viam somente um povo em peregrinação desejando chegar a uma terra inconquistável;
Hamã desprezou Mardoqueu porque ele recebeu a honra que ele julgava ser dele.  Por causa disso achou que não bastava matá-lo, mas sim desejou exterminar todo um povo;
Sambalate, Tobias e Gesem olharam com desprezo para Neemias e os demais que reconstruíam a cidade de Jerusalém, achando que eles é que tinham poder para determinar os rumos do povo de Deus;
O sacerdote Eli olhou com desprezo para Ana enquanto ela clamava e orava por um filho que viria a sucedê-lo e seria ainda profeta e juiz;
Golias olhou assim. O alvo foi Davi, ainda um aprendiz na corte do rei Saul. Olhou com desprezo porque aos seus olhos era só um menino de boa aparência e não o escolhido de Deus e fez pouco caso dele;
Mical também olhou com desprezo para o rei Davi. Ela jamais poderia compreender uma pessoa que adorava ao Senhor com liberdade e temor diante da importância que era trazer a arca da aliança para o meio do povo de Israel;
Os discípulos desprezaram as crianças que foram buscar a bênção de Jesus porque não acharam que elas eram dignas de tempo e atenção;
Os mesmos discípulos desprezaram a mulher junto ao poço de Samaria por que quem era aquela mulher aos olhos deles e quem era aquele povo?
Jesus “era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Isaías 53:3).
Quem somos nós para querermos ser mais do que Jesus?
(Zenilda Reggiani Cintra, publicado em O Jornal Batista, 22setembro2013)

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