quinta-feira, 22 de outubro de 2015

QUEM PRECISA DE LIDERANÇA?

Em alguma época do ano, normalmente no final ou no início, as igrejas trabalham para identificar aqueles que Deus tem separado para a liderança dos seus diversos ministérios.
Tarefa difícil! Muitos se esquivam e mesmo que exerçam funções de liderança em outros lugares recusam-se a fazerem isso na igreja. Talvez seja porque pesquisas têm apontado que um grupo significativo de pessoas hoje coloca a igreja no item lazer. Isso significa que a participação é descompromissada e ocasional e não pode resultar em contrariedades como sempre acontece quando exercemos algum ministério.

Graças a Deus que há aqueles que entendem suas vidas como missão para serem cooperadores de Deus na prática do amor e serviço. Assim, se dispõem a liderar outros ou comporem equipes para agirem em favor das pessoas que Deus traz às nossas igrejas e que precisam ser cuidadas e aprenderem a viver o evangelho de Cristo.

Cabe a todos nós, líderes e liderados, refletirmos a respeito da importância dos nossos papeis. Destaco aqui um trecho do artigo de Ricardo Paiva:  
“Quem não precisa de liderança? Em casa, no trabalho, na vizinhança, na sociedade, na escola, na vida, quem não precisa de liderança? Quem não se viu diante de dilemas ou resoluções a serem tomadas em que alguém despontou como guia, mestre, influente ou definidor da ação? Onde quer que agrupamentos humanos se formem, as pessoas começam a interagir e a fazer coisas juntas. Tarefa e Emoção são condições da vida gregária. E quando isso começa, diferentes interesses entram em jogo e surge logo, naturalmente, a necessidade de organizar, direcionar, controlar, que é assumida, protagonizada por alguns e aceita, questionada ou desenvolvida por outros. Àqueles que executam o papel de definidores, direcionadores, inspiradores, chamamos líderes.
Não podemos prescindir de liderança. Foi assim nos primórdios da civilização, será ainda assim no futuro. Ainda precisamos de quem assuma o papel de perceber as necessidades dos outros, dirigir os esforços, organizar as coisas, ensinar lições, controlar os atos, lembrar o foco… tanto quanto necessitamos, socialmente falando, de gente disposta a fazer o que é preciso, aceitar a direção, colaborar e se unir em torno de um movimento, executar o que foi combinado, seguir a direção. Quem precisa de líderes? Eu responderia: todos nós.”


“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" (Josué 1:9).

DIA DAS MÃES - MÃE: AÇÃO OU EMOÇÃO?

O que faz uma mulher ser mãe: ação ou emoção?
No amor, ação e emoção andam juntas porque amor não é amor até que se transforme em ação. Então o que faz uma mãe é o amor: ação e emoção;
A ação que faz uma mulher ter um filho, do seu corpo ou do coração, permeada pela emoção;
A ação de amamentar e acalmar o bebê quando chora, acalentada pela emoção;

A ação de cuidar de feridas do corpo e da alma, contendo a emoção;

A ação de relegar projetos e sonhos para um segundo plano, amadurecendo a emoção;

A ação de conciliar diversas funções simultâneas, administrando a emoção;

A ação de formar uma rede de apoio com avôs e avós, babás e escolas, dividindo a emoção;

A ação de cuidar sozinha dos filhos, fortalecendo a emoção;
A ação de ensinar, orientar, orar e ensinar os filhos a andarem com Deus, disciplinando a emoção;

A ação de defender os filhos contra as investidas da maldade humana, da violência da terra, guardando a emoção;

A ação de deixar aos filhos as escolhas da vida, trabalhando a emoção;
A ação de beijar, abraçar, cheirar, seja em que tempo for, extravasando a emoção;

A ação de receber cuidado e carinho porque os anos se passaram, vivendo a emoção;

E é assim que uma mãe se faz: em ação e emoção. Em amor.

Porque o amor é a emoção em ação!

(Zenilda Reggiani Cintra, publicado em OJB, maio/2014)

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

50 TEMAS PARA ENCONTROS/CONGRESSOS/RETIROS/JANTARES/EVENTOS DE CASAIS/FAMÍLIAS


Sugestões reunidas de pesquisas, temas de livros, criações pessoais e de amigos
  1. As Estações na Vida de um Casal
  2. Imperfeitos e Felizes
  3. Casais Edificados sobre a Rocha
  4. Por toda a Vida
  5. Esperança em Tempos de Crise
  6. Casamente se Constrói
  7. Família - Meu Maior Patrimônio
  8. O Desafio de Ser Família Hoje
  9. Famílias Restauradas por Deus
  10. Um amor que não se apaga - Cantares 8.7
  11. De volta para casa
  12. O amor que resiste
  13. Eu e a minha casa
  14. A História de Nós Dois
  15. Construindo um Casamento/Família para a Glória de Deus
  16. Valores que Edificam a Família/Casamento
  17. Uma Família Viva!
  18. Famílias/Casais que Vencem pela Fé
  19. Uma Nova Aliança
  20. Casamento para Toda a Vida
  21. Dobrando os Joelhos pela Família
  22. Se Eu Fosse Você
  23. De Volta para Onde o Amor Nasceu
  24. Famílias que Amam e Acolhem
  25. O Amor Tem Que Ser Bonito
  26. Esperança em Tempos de Crise
  27. Construindo a Paz em Nossas Famílias
  28. Família Debaixo da Graça
  29. Vencendo as Crises no Casamento/na Família
  30. É Melhor Serem Dois
  31. Eu, Você e Deus
  32. Como Andarão Dois Juntos?
  33. Famílias frente ao Desafio das Novas Gerações
  34. Famílias Sólidas em um Mundo Líquido
  35. O Amor está no Ar
  36. Coragem para Recomeçar
  37. Canções do Nosso Amor
  38. As Escolhas do Coração
  39. Ainda Vale a Pena
  40. Casais & Sexualidade
  41. Prazer e Sexo no Casamento
  42. Sexo, prazer para dois
  43. Convivência Feliz e Sexo
  44. Falando sobre Sexo
  45. O Prazer sem Pesar
  46. Hábitos dos Casais Felizes
  47. Quanto Vale o Seu Casamento?
  48. Casais em Alerta
  49. Afetividade e Sexualidade
  50. Cantares e a Sexualidade

sábado, 7 de março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER E A IGREJA

Zenilda Reggiani Cintra

Pra variar, como faz com outras datas, o comércio quer transformar o dia 08 de março no Dia da Mulher e o mês de março no Mês da Mulher no pretexto de se fazer homenagens. A data não tem esse objetivo  e nós, como a igreja do Senhor Jesus, comprometida com a justiça, não podemos nos render à banalização desse dia.

O Dia Internacional da Mulher remete ao ano de 1857, quando operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens. No entanto,  a greve terminou em tragédia pois os patrões não cederam, trancaram as portas e um incêndio no local provocou a morte de 130 mulheres. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres, realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". Desde então, o movimento em favor da defesa da mulher e reivindicação dos seus direitos de cidadania plena tem ganhado espaço em todo o mundo.

O QUE AS IGREJAS DEVEM ENFATIZAR NESTE DIA

Não podemos ficar indiferentes às injustiças das quais a mulher é vítima.  Para se ter uma ideia do que é a realidade da mulher no Brasil, não se precisa ir muito longe. Basta observar o tratamento desrespeitosa que se dá as mulheres muitas vezes do nosso círculo social, as piadas e brincadeiras que tiram o valor da mulher e a atribuição de um valor menor à mulher. Acredito que todo brasileiro tem alguma mulher do seu convívio que sofre  algum tipo de violência, seja verbal ou física, e que se submete a esses maus tratos sem qualquer reação, achando que isso faz parte da sua condição de mulher. Assim foi com suas avós, com suas mães e agora com elas.

Nesta semana, repercutiu a decisão da Câmara dos Deputados que aprovou, no dia 3 de março de 2015, o projeto de lei 8305/14 do Senado Federal, que altera o Código Penal e inclui o feminicídio na lista de homicídios qualificados, além de colocá-lo entre os crimes hediondos. O texto segue para sanção presidencial. Feminicídio é o ato de matar uma mulher pelo simples fato de ela ser do sexo feminino. Vale a pena ler Feminicídio: desafios e recomendações para enfrentar a mais extrema violência contra as mulheres em http://goo.gl/27Cmpu.

Entre vários trechos que poderia destacar desse artigo, chamou-me a atenção os dados sobre violência no Brasil: “Com uma taxa de 4,4 assassinatos em 100 mil mulheres, o Brasil está entre os países com maior índice de homicídios femininos: ocupa a sétima posição em um ranking de 84 nações, segundo dados do Mapa da Violência 2012 (Cebela/Flacso). Mais de 43 mil mulheres foram assassinadas no País na última década, uma realidade vergonhosa que torna a tipificação penal do feminicídio uma demanda explícita e urgente, cuja real aplicação tem no Judiciário elemento indispensável, comenta Flávio Crocce Caetano, secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça”.

Chama ainda a atenção a tolerância com a violência e a responsabilidade das instituições, e podemos apontar a igreja como uma delas: “De acordo com o Mapa da Violência, altas taxas de feminicídio costumam ser acompanhadas de elevados níveis de tolerância à violência contra as mulheres e, em alguns casos, são exatamente o resultado dessa negligência. Os mecanismos pelos quais essa tolerância é exercida podem ser variados, mas um prepondera: a culpabilização da vítima como justificativa dessa forma extrema de violência. Basicamente, o mecanismo de autojustificação de várias instituições, principalmente aquelas que deveriam zelar pela segurança e pela proteção da mulher, coloca a vítima como culpada. A mulher é responsabilizada pela violência que sofre”.

Comemorar esse dia, como igreja,  significa render a Deus louvor pela maneira singular que ele criou a mulher e pela igualdade do ser humano diante dele, seja macho ou fêmea. Significa também reafirmar o valor de cada mulher respaldado na Palavra, o acolhimento que Deus sempre deu às mulheres e o papel importante delas na história da Revelação, da igreja e nos dias de hoje, sem discriminação de dons e funções. É também uma oportunidade de enfatizar a importância da ação e oração de cada mulher, como discípula de Jesus, e também da igreja em favor daquelas mulheres que no Brasil e no mundo sofrem injustiça e violência. Por último, pode significar também um momento de homenagem, por que não, expressando o amor e a apreciação para as mulheres da igreja, certamente guerreiras e valorosas, mulheres de Deus!