segunda-feira, 22 de outubro de 2012

HEBE

Ela se foi. Às vezes tínhamos a impressão de que ela era imortal, mais pela longevidade nas telas da TV do que pela idade propriamente dita. Uma imagem que nos acompanhou desde a infância e que às vezes fazia com que fosse considerada quase que alguém da família. Acompanhávamos seus dramas, suas mudanças, suas roupas e adereços, bem como suas explosões de alegria ou de raiva, especialmente quando falava de políticos.

Então, Hebe Camargo se foi. A doença veio e, como para todo o mortal, houve um dia em que seu corpo chegou ao limite final, como acontecerá para todos nós. O sentimento é de perda, consciência de finitude e um tempo que não volta. Não mais os “gracinha”, as roupas e joias chamativas, o sorriso inigualável e a personalidade marcante.

E ela não queria partir: "Não tenho medo de morrer, tenho peninha. Peninha de deixar as pessoas que amo e essa vida tão boa que tenho”, disse em uma entrevista.  E a menina do interior morreu poderosa, com seu velório sendo realizado no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo de São Paulo. “Ela se vai em tempos em que o Brasil celebra a sociedade do consumo que ela, em sintonia com a TV, ajudou a construir”, analisa a antropóloga e professora da ECA_USP, Esther Hamburger (Folha, Ilustrada, 300912).

Mas os mitos não se vão facilmente. São como Marilyn Monroe ou Brigite Bardot, pessoas com as quais ela se identificou na loirice adquirida e também na mediação que fez entre um mundo fantasioso e mágico e a vida comum, quer dizer, uma mulher simples que vai do anonimato ao estrelato e lá permanece, como que representando todas as mulheres. Não são assim que os mitos são construídos? “Ela nos ensinava a como sermos mulheres”, disse uma entrevistada em um dos telejornais.

Podemos discordar, sob o ponto de vista ético-cristão, de muitas das atitudes de Hebe durante a sua vida, mas temos que admitir seu esforço em influenciar, relacionar-se e alegrar-se com as pessoas a sua volta. Quantos de nós fazemos o mesmo? Sendo sal e luz, com o poder do Espírito Santo, muitas vezes ignoramos completamente nosso potencial de influência, de cuidarmos uns dos outros e vivermos e repartimos a alegria que vem como graça de Deus sobre nós. E ainda mais, tornarmo-nos pontes, não para um mito, mas para uma realidade maravilhosa que é a pessoa do Senhor Jesus. Um dia, quando partirmos deste mundo, o que deixaremos como legado?
(Pra. Zenilda Reggiani Cintra, publicado em O Jornal Batista, 14outubro2012)

 

 

Um comentário:

  1. Meu nome é António Batalha, estive a ver e ler algumas coisas de seu blog, achei-o muito bom, e espero vir aqui mais vezes. Meu desejo é que continue a fazer o seu melhor, dando-nos boas mensagens , e falando daquilo que Deus tem feito em sua vida, que a graça e a paz de Jesus continue a ser derramada em sua vida, e o fogo do Espirito Santo continue a usar sua vida.
    Tenho um blog Peregrino e servo, se desejar visitar ia deixar-me muito honrado.
    Ps. Se desejar seguir meu blog será uma honra ter voce entre meus amigos virtuais, decerto irei retribuir com muito prazer. Siga de forma que possa dar com seu blo.
    Deixo a minha benção e a paz de Jesus.

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