Estamos bem próximas do nosso II Encontro de Mulheres que acontecerá de 19 a 21 de março de 2010 em Atibaia.O tema escolhido para este evento é AMIZADE. O ministério é muitas vezes desgastante e solitário. São poucas as pessoas com quem podemos repartir nossas lutas. Por isso precisamos ter amigas com quem falar e refletir sobre as questões que nos afligem.
Para este encontro teremos PALESTRAS com os seguintes temas:
Amizade no pastoreio mútuo- Barbara Lamp
A possibilidade de dar e receber cuidado pelo pastoreio mútuo em amizade
O dia em que eu disse sim às pessoas- Dora Bomilcar
Quem é minha amiga próxima, mais chegada que uma irmã?
Chamadas para ser amigas- Tereza da Silva
Como aproximar de pessoas de forma a ter e ser amiga.
A cultura bíblica da amizade - Durvalina Bezerra
O modo bíblico de viver a amizade nos padrões do Reino de Deus.
As OFICINAS serão oferecidas em dois horários e portanto você poderá optar por duas
delas, uma no horário da manhã e outra no horário da tarde.
Ministério, qual é o meu lugar? - Liana Goya
O desafio de encontrar o meu lugar no ministério.
Amizade interior - Márcia Amaral
Cuidar de si e estar de bem consigo para servir melhor.
Obstáculos a vencer no ministério - Zenilda Cintra
Enfrentar os obstáculos e preconceitos para exercer o ministério.
Amizade em conflito - Celina Rempel
Como lidar com os conflitos entre amigos e companheiros de ministério.
Amizade criativa - Lucitânia Verotti
Exercer ministério, evangelizar através da amizade criativa
Encorajamos você a fazer a sua inscrição o quanto antes.
Convide outra amiga sua que também é mulher em ministério.
O minivestido vermelho deu o que falar. Desde o youtube até programas de televisão, telejornais e ONGs com as mais diferentes bandeiras, as notícias a respeito de Geisy Arruda, 20 anos, pipocaram de todas as formas, provocando julgamentos dos mais variados. A estudante é a terceira dos quatro filhos de um casal de classe média baixa de Diadema, no Grande ABC paulista, e estuda o primeiro ano de Turismo na Universidade Bandeirante, Uniban, em São Bernardo do Campo. No dia 22 de outubro, Geisy, com o tal vestido vermelho, foi à Universidade e “centenas de estudantes, inclusive mulheres, a atacaram com palavrões, termos chulos e ameaças de agressão e de estupro” (R7, 30out2009).
Muitos classificaram a atitude dos estudantes como resultado do machismo cultural que está entranhado em homens e mulheres. A mulher foi julgada por sua aparência exterior e pouco importou, e ninguém quis saber, quem ela realmente é. Inúmeras pessoas disseram que aquela não era uma roupa própria para uma estudante e justificaram a violência mediante esse pensamento.
No caso de Geisy, o que teria acontecido se a polícia não tivesse chegado? Nada justifica a mulher sofrer violência, quer física, quer moral ou psicológica. É impressionante como ditados populares, piadas e brincadeiras em nossa cultura querem tratar como normal a violência contra a mulher. Existe até um ditado perverso que diz que “você pode não saber porque está batendo, mas uma mulher sempre saberá porque está apanhando”.
Um outro fator presente, não somente em nossa cultura mas ao redor do mundo, é considerar a mulher culpada por quase tudo o que acontece: se um filho der trabalho, se o marido a trair ou for dependente químico e se a família vive em estado de pobreza. Ela também será culpada se algum homem a abordar mesmo contra a sua vontade, se for estuprada por alguém, se algo der errado em algum objetivo da família, se for independente financeiramente ou também se depender do marido. São muitos os motivos para justificar a violência contra a mulher.
Precisamos ter uma pastoral de não violência de uma maneira geral, mas também especificamente em relação às mulheres. Nossos ensinos sobre família e relacionamento homem-mulher propiciam entendimento ou violência? Essa é uma pergunta pertinente e importante. Como educamos nossos meninos? Como orientamos jovens e adolescentes no trato com as mulheres de modo geral? Como trabalhamos a conscientização, auto-estima e solidariedade mútua das mulheres mediante a Palavra de Deus?
Quando Jesus atendeu à mulher que seria alvo de violência, o apedrejamento, por motivos justos aos olhos de seus algozes, ele perguntou quem não tinha pecado e poderia exercer aquela punição. Todos saíram e ele, o Deus perfeito, deixou-a ir livre, mudando o foco de vida daquela mulher quando lhe disse que não pecasse mais. Dali em diante ela não deveria agradar a si mesma ou a outras pessoas, em primeiro lugar, e sim agradar a Deus.
Palavras e ações de um coração cheio de compaixão, o mesmo sentimento que devemos ter diante de mulheres que sofrem qualquer tipo de violência.
e, humildes, bendizemos o Senhor . (Salmo da Solidão, Jonathas Braga, 1908-1978)..
Integrante do quarteto “fantástico” de poetas batistas, que inclui Mário Barreto França, Gióia Júnior e Myrtes Mathias, e que sempre cantaram em forma de poesia a nossa fé, Jonathas Braga, parafraseando o salmo 137, nos recorda da impossibilidade do povo escolhido de Deus cantar em meio ao cativeiro, quando lembrava suas casas invadidas,familiares mortos e cidades destruídas, e agora habitava em uma terra estranha, sem identidade e espacialidade. Mas não era só a dor que deixava sem a possibilidade do canto, mas também a lembrança de tempos felizes, sem volta e sem a infantil inocência de pensar que um povo escolhido não sofreria. Naquele momento, aquelas pessoas eram sós em sua dor.
Nossa caminhada de fé nos leva, mais cedo ou mais tarde, ao cativeiro, seja ele da dor física de doenças incuráveis, da destruição de relacionamentos importantes, da perda de emprego ou situações ministeriais ou profissionais que não se resolvem, do abalo na família provocado por acontecimentos inesperados, da mudança inevitável de lugar de moradia, da necessidade de deixar uma igreja querida e tantas outras.
Pode ser que as exigências externas sejam uma opressão a mais nesses tempos difíceis por causa de atividades que não podem ser deixadas de lado ou de pessoas que continuam exigindo que sejamos do jeito que sempre fomos. Temos o desafio de continuar bendizendo ao Senhor, sabedores que a nossa caminhada com ele, em cativeiro ou não, é a nossa grande recompensa. Em momentos assim, resta-nos cultivar a nossa fé, na esperança que um dia haveremos de cantar, como o povo de Israel fez em sua volta à cidade de Sião:
“Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Salmo 126).
Um balão desgovernado voando pelos céus e dentro dele uma criança. Parece uma cena de filme, mas essa história surpreendente aconteceu no Colorado, EUA, e depois de ser amplamente coberta pela mídia se mostrou uma grande trapaça arquitetada pelos pais. O objetivo era se autopromoverem a fim de adquirirem popularidade para um futuro reality show.
Balões de todos os tipos e formas sempre foram meios de se trabalhar o lúdico, tão necessário ao desenvolvimento saudável de uma criança. Certamente, a maioria de nós se lembra do Balão Mágico, aquele programa da década de 1980 que mexia com o imaginário de gente pequena e de gente grande também, propondo um mundo fantástico visto de um balão.
No caso do balão de hélio americano, em forma de disco voador, a história não teve nenhum conteúdo de brincadeira e ingenuidade. O garoto de seis anos foi encontrado em uma caixa no sótão da garagem de sua casa. A mãe admitiu que o balão foi especialmente projetado para o trote, duas semanas antes. Os três filhos foram instruídos pelos pais a mentirem para as autoridades e para a imprensa (Folha, 25out09).
Mesmo em uma sociedade espetacularizada como a nossa, o fato de pais tomarem atitudes tão inconsequentes com os filhos, sem pensarem nos resultados futuros, nos deixa em desconforto. Os fins justificam os meios e a exposição imprópria, para eles, vale pelo objetivo de se tornarem celebridades e, talvez, proporcionarem melhores condições de vida à família. Não é assim que as pessoas justificam, muitas vezes, passarem por situações ridículas, humilhantes ou prostituídas? Não precisamos nos esforçar muito para pensarmos em celebridades, frutos dessa sociedade-espetáculo, que se tornaram pessoas infelizes, solitárias e sofridas. “Há caminho que ao homem parece direito, mas afinal são caminhos de morte” (Provérbios 16.25).
Como povo de Deus, somos chamados a buscar para a nossa vida como pessoas, família e igreja valores muito mais profundos pelos quais valham a pena ousar e empreender grandes projetos. Devemos encontrar em Jesus a suficiência para o sentido de nossa existência a fim de que vençamos o nosso sentimento de nulidade diante de tantos modelos consumistas que são colocados diante dos nossos olhos. Também somos desafiados a passar pelo crivo dos princípios cristãos as propostas com as quais somos confrontados permanentemente.
Em um mundo cujas expectativas são as recompensas imediatas e a projeção pessoal um ideal a ser trabalhado com afinco, precisamos nos lembrar sempre que fomos feitos à imagem e semelhança do Criador, que nos predestinou para sermos para o louvor da sua glória, nos selando para a eternidade com ele mesmo, o seu Espírito (Efésios 1.11-13). Também precisamos olhar para a nossa volta, para as pessoas, não a bordo de um balão mágico, mas através dos olhos de um Deus que “(...) não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração”(I Samuel 16.7).