Perplexos. Foi assim que nos sentimos diante do inexplicável resultado
do jogo da Alemanha: 7x1. Em um primeiro momento ficamos meio catatônicos,
assim como aparentemente os jogadores brasileiros após o primeiro gol do time
rival, propiciando a chuva de novos gols.
Lembrei-me do jogo dos sete erros com o qual todos nós brincamos quando
crianças, ou talvez até hoje como eu, e que nos trazia um mundo lúdico e
divertido. Não foi assim desta vez. Por mais inacreditável que fosse, o placar
era real e cruel.
Como razões para cada gol que sofremos, há motivos que são apontados: a
falta de jogadores mais preparados, esquemas táticos individuais errados,
instabilidade emocional dos jogadores, fragilidade do meio-campo, defesa
estática, falta de treino e falta de investimento nas categorias de base. Esses
são sete erros possíveis na seleção pinçados das muitas críticas divulgadas
pelos meios de comunicação.
Os meses que antecederam a Copa foram palco para milhares de pessoas saírem às ruas a fim de protestar a respeito de questões sociais. Saúde, educação,
trabalho, segurança, inflação, moradia e corrupção, sete itens entre tantos outros
que entraram na pauta. Foi impressionante a adesão do povo brasileiro e esse
movimento retardou bastante o entusiasmo pela Copa do Mundo.
Na raiz de todas as questões levantadas nos protestos, e de outras de
nossas próprias vidas, estão sete erros que o ser humano pode cometer e que
Deus condena: “olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue
inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a
correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia
contendas entre irmãos” (Provérbios 6.16-19).
Que o Senhor nos abençoe e tenhamos atitude para nos livrarmos dos
erros: nossos, do governo e da nossa seleção. Que entre o presente e o futuro, em
quadros comparativos, possamos ter vidas mais santas, uma nação mais justa e uma
seleção muito mais preparada para, enfim, conquistarmos o hexa.
Publicado em OJB 20junho2014
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