quinta-feira, 6 de maio de 2010

POEMA DIA DAS MÃES - MÃES PARA SEMPRE

Zenilda Reggiani Cintra

Alegria, enjôos, enxoval, ultrassons, expectativa, ansiedade e o amor em cada detalhe do quartinho.
É a mamãe que espera o menino ou menina, uma bênção do Criador.

Choros, amamentação, umbiguinho, pediatra e chocalhos.
É a mamãe que cuida, experimenta, sobressalta-se e às vezes ainda não crê que aquele pequeno bebê é seu!

A primeira Bíblia, historinhas dos heróis e heroínas, a primeira oração.
É a mamãe que sonha que o seu bebê um dia será um Samuel ou uma Ester, sensível e obediente à voz de Deus.


Mochilinhas, uniformes, diários, recomendações e choros.
É a mamãe que se dá conta que a sua criancinha cresce e começa a tatear o mundo.

Primeiras letras, nomes quase que incompreensíveis, lápis, cadernos, frases pequenas
E dentre elas, a mais linda: mamãe amo você!

Excursões, despesas que crescem em meio a livros e materiais sem fim
Ë o tênis esfolado e a camiseta suja da criança que cresce, cheia de energia e criatividade;
É a mãe confusa na matemática da nova geração, mas que não desiste de ajudar o filho a aprender.

É o andar desengonçado da menina com o primeiro salto alto e o  gel do menino que pela primeira vez faz uma obra de arte no cabelo.
São os filhos que crescem e querem impressionar alguém que não mais a mamãe.

É a angústia do vestibular, os primeiros dias na Faculdade, o trabalho e o namoro.
E o coração da mãe que espera as horas disponíveis do filho para o carinho e a conversa tão necessários quanto o ar que respira.

É a princesa ou o príncipe que caminha em direção ao altar, seguindo a escolha do coração.
É a mãe que sente a ausência tão alegre e triste ao mesmo tempo, o vazio do filho que constrói sua própria vida.

É o Deus eterno, tão sábio, que renova o ciclo com os bebês que chegam  com novas alegrias e preocupações.
É a vovó, a mãe com mel, que se é preciso faz tudo novamente porque o rostinho lindo e o sorriso lembram o seu bebê.

É o tempo que passa, as forças que se vão e os olhos que se enfraquecem.
É a mãe, agora ela dependente do filho, mas que pelas lentes do tempo sempre o vê como aquela criança, a maior bênção que recebeu do Criador.

Mãe que viverá na vida do filho, na vida de todos nós, abençoados por seu cuidado e exemplo,
A  mãe que será,  para sempre,  a melhor marca humana de amor em nossos corações.

(Zenilda Reggiani Cintra, http://caminhosdamulherdedeus.blogspot.com/)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A PALAVRA


Aprendi, assistindo a um documentário, como antigamente se construíam as casas nas regiões desérticas, onde a temperatura durante o dia chega a quase 50 graus. Para deixar a casa por volta dos 22 graus, os proprietários construiam suas residências com alguns andares, as paredes bem largas e portas e janelas bem amplas. À noite, quando a temperatura cai bastante, as portas e janelas eram abertas e o ar frio refrescava toda a casa. Ao nascer do dia, as portas e janelas eram fechadas para reter a temperatura. Durante a noite, os habitantes dormiam nos andares de cima e, durante o dia, ficavam nos andares de baixo, procurando os lugares mais frescos da casa.

Fiquei pensando no papel fundamental da Palavra de Deus para manter o frescor da nossa alma e da nossa fé. Viver uma fé viva hoje não é fácil. As lutas do dia-a-dia, os confrontos constantes com as filosofias e valores do mundo, dos grupos sociais, dos meios estudantis e profissionais, muitas vezes contrários à vontade de Deus, tiram da nossa vida aquela presença fortalecedora do Espírito, aquele frescor da presença divina que nos renova a cada dia, colocando em seu lugar o estresse, o vazio e tornando as nossas almas e a nossa fé áridas e infrutíferas.

Um grande erro, comum entre pessoas convertidas há algum tempo, é achar que já conhecem o suficiente da Palavra. Essa soberba faz com que muitos deixem de estudá-la no dia-a-dia, como também em grupos, tendo como conseqüência o esfriamento espiritual. Houve um tempo em que muitas igrejas começaram a achar que não deviam mais ter estudo sistemático da Bíblia, mantendo a Escola Bíblica Dominical, por exemplo. Hoje, correm atrás do prejuízo porque muitas pessoas, há anos em igrejas, não conhecem a Palavra de Deus.

Uma das figuras a respeito do estudo da Bíblia que me agrada é pensar em nossa mente como se fosse um arquivo. Cada conceito que aprendemos fica gravado e quando precisamos resgatar o conhecimento por algum motivo, ele está ali. Agora, se não estudamos a Bíblia, como teremos em nossa mente os recursos para que o Espírito nos lembre os princípios que Jesus ensinou?

O estudo sistemático, segmentado ou em grupo, constante e discipulador da Palavra é fundamental para a saúde espiritual. É impossível a pessoa ter uma fé vibrante e contagiadora sem estudar e meditar nos ensinos bíblicos, que deve acontecer em todas as fases de vida. Quando crianças, a compreensão dos ensinos bíblicos é de uma forma singular como o será na fase de adolescência, depois juventude e assim por diante. Nunca devemos deixar de aprender da Palavra. A releitura constante de textos e ensinos é que farão com que o justo dê o seu fruto na estação própria (Sl. 1).

É a Palavra que vai gerar fé em nosso coração para irmos à presença de Deus e receber dele os milagres que todos nós precisamos e, acima de tudo, guiados pelas veredas da justiça, ter o refrigério diário para a nossa alma (Salmo 23).


Pra. Zenilda Reggiani Cintra (Publicado em OJB 250410)