sábado, 24 de outubro de 2009

DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS - DIA DA CRIANÇA


Jesus Cristo, nosso Maravilhoso Conselheiro, Bom Pastor, Água Viva, Luz do Mundo, Deus Forte, Príncipe da Paz e tantos outros nomes que explicam a nós, seres humanos, algumas faces eternas do Salvador. Você gostaria que alguém, com esses atributos, estivesse com seu filho ou filha durante todos os dias de sua vida? Certamente que sim. Pois foi esse Mestre amado que falou, para pessoas que não entendiam o valor e a potencialidade de uma criança, que deveriam deixá-las virem até ele.

A história muitas vezes se repete. Ainda hoje, adultos se tornam impedimentos para que crianças se aproximem de Jesus por julgá-las sem entendimento e com muito tempo ainda para conhecê-lo. Elas são pequenas e por isso decidirão no futuro as suas vidas espirituais. No entanto, não deixam de levá-las à escola, ao esporte, ao ensino de línguas ou instrumentos musicais porque as “janelas” mentais precisam ser abertas ainda na infância.”Ensina a criança no caminho (...) e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv. 22.6). As “janelas” espirituais precisam também ser abertas nos primeiros anos de vida. Por que impedir que uma criança seja abençoada?

 
Pais e mães precisam deixar que filhos desfrutem da companhia de Jesus desde a mais tenra idade, propiciando uma vida espiritual de qualidade dentro de casa. Que maravilha é a criança, no escuro do seu quartinho, poder dizer “No dia em que eu temer, hei de confiar em ti” (Sl.56.3); ou quando não consegue dormir, lembrar: “Em paz também me deitarei e dormirei porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança”(Sl. 4.8); ou nas ocasiões que a mamãe está doente, afirmar: “Deus é o meu refúgio e a minha fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia”(Sl. 46.1); ou ainda no primeiro dia da escola pensar “Perto está o Senhor”(Sl. 34.18) e tantas outras experiências de fé. 

 
Pais e mães também devem abrir o caminho para Jesus na vida dos seus filhos levando-os à igreja. É junto ao corpo de Cristo que terão a companhia de outras crianças e momentos de aprendizado e fé em comunidade. Quantos pais impedem hoje que crianças vivam a riqueza da igreja de Jesus Cristo! Talvez por tentar reparar alguns extremos do passado, quando muitos abandonavam suas famílias pensando estar servindo a Deus, vai-se para outro extremo. Uma das afirmações mais ouvidas é a de que a família é mais importante do que a igreja. Nosso grande problema é pensarmos hierarquicamente. Acima de tudo está Deus, sob a vontade de quem vivemos. Depois, a pergunta deve ser: qual é a prioridade ? É a hora da família sanguínea ou da família espiritual? É hora da diversão ou do culto? É hora de trabalhar ou de estar com os filhos na igreja? 

 
Em casa, na igreja ou em qualquer outro ambiente, pais e mães precisam ser facilitadores da aproximação das crianças e Jesus, deixando que desfrutem de sua presença todos os dias, até a consumação dos séculos. Que bênção maior pode existir para um pai e uma mãe?

(Publicado em OJB - 110ut09 - http://www.ojornalbatista.com.br/index.php)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

AMIGAS (Pastoreio Mútuo)

Quando minha irmã era pequena sempre se referia a sua “patotinha”. A palavra era motivo de brincadeira na família, mas para ela indicava as amigas em quem confiava e eram importantes naquele momento da sua vida.

Toda mulher precisa de uma “patotinha”, amigas verdadeiras que tornem a vida mais doce e mais alegre. Pastoras e esposas de pastor, líderes em qualquer área, profissionais, mulheres em qualquer idade, todas nós precisamos de amigas. Li recentemente que uma mulher precisa de pelo menos cinco tipos de amigas: a alegre e dinâmica que a motiva a ir adiante, a que conhece todo o seu passado e é capaz de partilhar momentos nostálgicos, uma que seja o ombro para chorar nos momentos difíceis, uma conselheira sensata e outra que seja franca para dizer as verdades que precisamos às vezes ouvir. Achei interessante e pertinente. Acrescentaria, como característica a todas, a fé, ainda que precisamos também ter amigas verdadeiras que não conheçam a Cristo, a fim de que por meio da amizade possamos ser um espelho do amor de Deus.

Sempre tive amigas especiais nos diversos estágios de amadurecimento, no ministério, como pessoa, como mãe, como esposa, enfim, mulheres que foram instrumentos de Deus para o meu consolo e crescimento.

Uma história que me faz pensar na necessidade feminina de ter amigas é a de Maria quando soube que estava grávida. Para ela, uma mulher muito jovem ainda, a visitação do anjo, o fato de estar grávida ainda virgem e a nova vida que se descortinava diante de si eram, certamente, motivos para perplexidade e muitas perguntas para as quais não havia resposta imediata. E para onde ela vai? Falar com outra mulher, Isabel, também vivendo um momento singular em sua vida, certamente perplexa diante da gravidez em sua velhice, do marido que estava mudo, mas uma mulher experiente, esposa de um sacerdote e ambas cheias de fé. As realidades eram diferentes, mas a gravidez era a experiência comum. As duas conversam, animam-se, em solidariedade, companheirismo e aceitação, entendendo o mover de Deus na vida de ambas e, no final, Maria consegue cantar, alegrar-se por tudo o que está acontecendo e glorificar no nome do Senhor. Como é importante termos amigas para compartilhar nossas perplexidades, interrogações, alegrias, tristezas, sonhos e encontrar nelas aconchego e palavras de fé!

Recentemente Deus acrescentou a minha vida um grupo de novas amigas, uma “patotinha” para este tempo. A aproximação foi intencional, uma vez que todas nós temos responsabilidades no Reino de Deus, somos bastante ocupadas e temos abrangência em ministério com mulheres. Apesar da agenda cheia, separamos tempo para estarmos juntas, conversarmos, rirmos, refletirmos a respeito de ensinos bíblicos para nossa integridade pessoal e orarmos, enfim, nos pastorearmos mutuamente. Sempre que volto de nosso momento juntas tenho vontade de cantar. Lembro-me de Maria, e também engrandeço ao Senhor e alegro-me nele, porque depois de conversar com elas entendo melhor o mover de Deus em minha vida.
(Publicada em OJB - 041009)